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Cantor paraibano cumpre quarentena contra Covid-19 em navio de cruzeiro no Rio de Janeiro

Túlio Alberto é membro da tripulação atual do setor de entretenimento do navio MSC Preziosa
Foto: Reprodução/Instagram/tulioalbertosinger

O aumento de casos de Covid-19 em navios de cruzeiro foi a motivação para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendasse a suspensão da temporada de cruzeiros no país. Diante disso, as companhias decidiram suspender as operações voluntariamente no Brasil até o dia 21 de janeiro. Membro da tripulação do setor de entretenimento do navio MSC Preziosa, o cantor paraibano Túlio Alberto conta como está sendo a rotina de funcionários e passageiros embarcados.

“Toda a tripulação será testada nesta terça-feira (4). Eu me encontro trabalhando normalmente, porém existem muitas restrições em curso no navio. Basicamente estamos trabalhando, fazendo as refeições, temos alguns decks abertos para tomar ar fresco e voltar para a cabine. As atividades para os passageiros como entretenimento, que é o meu caso, continuaram normais. Tivemos alguns músicos positivados e eles foram realocados para suas cabines de quarentena”, explica Túlio.

O músico informou, porém, que a partir desta quarta-feira (5) as atividades serão suspensas e será feita uma quarentena geral no navio. “Todos os passageiros serão desembarcados nesta quarta, em grupos diferentes porque os passageiros positivados para Covid-19 serão desembarcados depois para seguirem a quarentena em terra. Seremos todos realocados para cabines individuais. Será feita uma limpeza geral no navio e aguardaremos em quarentena até atualizações por parte da empresa”, detalha.

O cruzeiro do qual Túlio faz parte saiu do Rio de Janeiro (RJ) no último domingo (2) e tinha paradas previstas em Ilhéus (BA), Salvador (BA) e Maceió (AL), com retorno ao Rio após seis dias de viagem, mas foi cancelado na metade. Na manhã desta terça-feira, o navio seguia o curso de volta à cidade do Rio de Janeiro. Diante da nova realidade, o cantor falou sobre as medidas tomadas pela empresa antes da paralisação nesta quarta-feira.

“Para os passageiros tudo está normal, dentro do protocolo da Anvisa, que é o uso de máscaras na parte interna do navio, uso de álcool em gel e sem aglomeração. Há casos confirmados de Covid-19 entre tripulantes e passageiros. Todos são orientados a ficar na cabine, em quarentena. No caso dos passageiros e tripulantes que não têm cabine com varanda, todos são realocados para essas cabines pela necessidade de ar fresco”, esclarece.

Segundo Túlio Alberto, existe uma equipe específica no navio para desinfetar malas e cabines onde havia pessoas que contraíram a Covid-19. Conforme ressalta, estão ocorrendo limpezas continuamente nas áreas públicas do navio.

“O clima entre os passageiros é de compreensão pela situação que estamos vivendo no momento. Entre os tripulantes também. Então esperamos que essa onda passe e retornemos às atividades no dia 21 para continuar a temporada brasileira, que tem previsão para terminar no início de abril”, conclui o cantor.

Números de casos

Segundo a Anvisa, os últimos nove dias registraram 798 casos do vírus nos navios de cruzeiro. A título de comparação, em 55 dias de temporada, até 25 de dezembro de 2021, apenas 31 casos haviam sido confirmados. 

Se considerado o período de início da temporada – 1º de novembro de 2021 – o número sobe para 829 casos até o momento. Do total de confirmações nesse período, 60% são referentes a tripulantes. De acordo com a Anvisa, os números mostram uma “mudança radical” no cenário epidemiológico e requerem uma reavaliação da atividade no setor.

“Tal mudança repentina e brusca do contexto epidemiológico, provavelmente decorrente do surgimento da variante Ômicron, requer nova avaliação do cenário da pandemia de Covid-19, nos termos da Portaria GM/MS 2.928/2021, que dispõe que a autorização da operação de navios de cruzeiro poderá ser revista a qualquer momento em função dos desdobramentos do contexto epidemiológico dos navios de cruzeiro ou de alterações do cenário epidemiológico nacional e internacional”, disse, em nota, a agência.

A Anvisa acrescentou que a decisão foi pautada em critérios técnicos e fundamentada no princípio da precaução. Também destacou a dificuldade de estados e municípios em obter os dados epidemiológicos junto às empresas responsáveis pelas embarcações. Segundo a agência, isso prejudicou a condução oportuna das investigações pelas autoridades locais de saúde.

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