O senador Cássio Cunha Lima disse, em depoimento à Polícia Federal, em Brasília, que rejeitou oferta de recursos de caixa dois da Odebrecht para a campanha ao Governo do Estado em 2014. O ex-diretor superintendente da Bahia do grupo Odebrecht, Alexandre Barradas, havia dito, em acordo de delação premiada, que o senador foi o “único que relutou em relação ao caixa dois”.
Cássio Cunha Lima disse estar tranquilo porque falta fundamento à acusação. “Reagi imediatamente à proposta. Fui claro desde o começo que não aceitaria doação eleitoral não contabilizada. Na campanha de 2014, houve uma doação pública e transparente no valor de R$ 200 mil do grupo Odebrecht. Adotei a postura que nos cabia, que foi recusar. E o próprio executivo da empresa disse que fui o único a resistir àquela proposta”, salienta.
Por fim, o senador disse que há fortes contradições nas denúncias apresentadas até agora. “Fala-se que teriam entregue dinheiro a um tal de Luiz, que ninguém acha, e num hotel que o diretor não lembra qual foi. Como poderia ter sido feita a entrega de um valor tão expressivo em local que você não lembra?”, acrescentou.