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Cássio: se impeachment não passar, Dilma fica e a economia do país “derrete”

Líder da oposição no Senado Federal, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), em entrevista exclusiva ao Portal Correio e a RCTV (canal por assinatura do Sistema Correio de Comunicação), afirmou em Brasília, nesta sexta-feira (15), que num caso de uma eventual derrota do pedido de abertura do processo de impeachment não for aprovado na Câmara Federal a economia do país vai “derreter”. Ele comparou a situação atual a de um ônibus desgovernado, que segue em direção a um precipício. “É preciso de alguém para agir, frear esse ônibus e coloca-lo de novo no rumo certo”, comentou. Veja vídeo abaixo.

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Cássio lembrou que o professor e doutrinador Paulo Brossard definia o processo de impeachment como “longo, traumático, duro e difícil”, mas que chega agora na reta final. “A Câmara estará autorizando o processo de impedimento da presidente Dilma. Na segunda, o comunicado chega ao Senado. Na terça é lido em plenário e o Senado instala a Comissão que vai também julgar a admissibilidade e, para isso, basta maioria simples. E já existe essa maioria simples para a abertura do processo”, previu.

O senador voltou a defender que a presidente da República cometeu, crime de responsabilidade. “Ao final ela será afastada do mandato. Não adianta dizer se ela honesta ou desonesta. O crime de responsabilidade é muito específico, que tem uma pena própria e se restringe à perda do mandato e à inelegibilidade por oito anos. Quando se diz que não tem crime, porque a presidente não o praticou, é mais uma mentira. As mesmas mentiras que foram ditas na campanha”, frisou.

Cássio lembrou que o próprio governo recorre ao Supremo Tribunal Federal (STF), que reafirma a legalidade do processo e rechaça a ideia de golpe. “Não tem golpe coisa nenhuma, porque o que está sendo feito é o cumprimento da lei, num rito e num processo que foram determinados pelo Supremo Tribunal Federal. É a mesma discurseira e verborragia que eles costumam usar, já com efeitos para a campanha de 2018”, disse.

Admitindo a hipótese do pedido de impeachment ser derrotado na Câmara Federal, o senador tucano prevê que a economia, “que já está numa posição crítica, vai derreter. O dólar vai bater a R$ 5, a bolsa vai ao fundo do poço  e o desemprego dispara”. Segundo ele, o que o Brasil “mais precisa nesse instante é uma mudança de expectativa”. 

Cássio considera que a situação do país é muito grave. “Estamos vivendo num país de endemias. O governo não age. Os governos, aliás, não fazem nada com o descaso da saúde pública. Fui à Itaporanga (município que fica na região do Vale do Piancó, na Paraíba, a 429 quilômetros de João Pessoa) recentemente e as pessoas estão morrendo. Praticamente a população inteira está contaminada com dengue, zika ou chikungunya.

O senador também avaliou que, em caso do pedido de abertura do processo de impeachment for aprovado no plenário da Câmara Federal, o PSDB estará pronto para ajudar o novo governo, mas vai cobrar posições firmes de Michel Temer. “O PSDB não está em busca de cargos e nem atrás de emprego. Não abrimos mão do prosseguimento das investigações da Lava Jato, do fim desse toma-lá-dá-cá. E o PSDB vai participar de qualquer formação de governo, desde que seus valores sejam respeitados e valorizados”, afirmou.

Trecho da entrevista o senador Cássio Cunha Lima foi ao ar no programa ‘Correio Debate’, da TV Correio, nesta sexta-feira à tarde. À noite, na RCTV, no ’27 Segundos Especial’, com uma hora e meia, sobre o impeachment, a entrevista também será exibida. Em  primeira mão, você confere aqui no Portal Correio, na íntegra, as declarações do senador e líder da oposição.

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