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Castração de machos e fêmeas: conheça as diferenças

Prevenção de doenças e melhora no comportamento são consequências do procedimento

Entre os inúmeros benefícios que a castração pode trazer para pequenos animais, como cães e gatos, estão a prevenção de doenças e o controle populacional. Mas, para além dos benefícios, quais são as diferenças entre a esterilização feita entre fêmeas e machos?  

Em fêmeas, a esterilização de cadelas e gatas tem nome médico: a ovariossalpingohisterectomia (OSH). Ela remove cirurgicamente os ovários, o útero e as tubas uterinas. Caso os ovários não sejam removidos, elas continuam tendo períodos de cio e atração do macho, sem desenvolver a gestação. A condição não é indicada.   

“A castração precoce consiste na realização da OSH antes do primeiro cio, ou seja, entre o quinto e sétimo mês de vida. Essa cirurgia é um procedimento simples, porém requer anestesia geral, centro cirúrgico e os cuidados básicos de assepsia”, diz a Dra. Meire Silva, médica veterinária e coordenadora de Medicina Veterinária do Unipê. Em animais machos, a orquiectomia é o termo cirúrgico da retirada dos testículos. O procedimento é simples, efetivo, funcional e seguro, além de não causar danos aos pets, salienta Dra. Meire.  

Quando castrar?  

A castração é uma intervenção segura e benéfica a longo prazo. “A cirurgia pode ser feita a partir de 90 dias de idade nos cães e 60 dias nos gatos (previsto em lei).  A castração, no entanto, nem sempre é indicada para animais com idade mais avançada. Neste caso, é recomendável passar o animalzinho por uma avaliação clínica. Na maioria dos casos, os problemas são evitados realizando o procedimento na idade certa e ficando atento aos sinais estranhos no pós-operatório”, salienta Dra. Meire.  

Já as cadelas podem ser castradas em torno dos seis ou nove meses, enquanto as gatas podem passar pelo procedimento a partir dos quatro ou cinco meses. “Fala-se muito em uma teoria popular que diz: o animal necessita de ao menos uma cruza para que não venha a ter câncer. Isso é uma inverdade. Pois o ato sexual do animal não irá de maneira alguma evitar nenhum tipo de doença, muito menos o câncer. O que previne o câncer é a castração”, reforça.  

Ainda, é recomendado castrar antes do primeiro cio para evitar problemas futuros. Contudo, caso isso não ocorra, ainda há vantagens em castrar. “Pode castrar, sim, depois do segundo cio. Ou seja, os machos, sejam cão ou gato, devem ser castrados antes do primeiro cio, em torno dos seis meses. E se o tutor conseguir ver o saco escrotal já formado antes dos seis meses, já se pode castrar o pet”, lembra Dra. Meire.  

Mas atente-se: esterilizações precoces em fêmeas também estão ligadas a consequências indesejadas, como incontinência urinária e genitália infantil, que ocorre devido à diminuição antecipada dos hormônios reprodutivos, essenciais para o desenvolvimento físico do bicho, e pode acarretar inflamação na região genital.  

O tutor deve reforçar as defesas do organismo do pet de forma natural, para evitar uma baixa imunidade após o procedimento, algo que pode comprometer a recuperação. Estar atento ao estado de saúde do pet é fundamental, pois o sistema imunológico é o que protege todos os animais, inclusive humanos, de doenças. “Uma cirurgia, por mais simples que seja, é uma intervenção no corpo em que há uma exposição a microrganismos. Se o pet estiver com baixa imunidade, fica mais fácil para estes agentes atuarem, causando doenças”, finaliza Dra. Meire.

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Pets
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