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Clubes começam temporada já na 1ª semana de 2018; veja expectativas

Já há alguns meses sem jogar – uns mais, outros menos –, os clubes paraibanos vivem a expectativa da virada de ano para ir em busca de escrever uma nova trajetória. O ano chega e já dá essa possibilidade a partir de 7 de janeiro, quando começa o Campeonato Paraibano. Todos, claro, esperam com ansiedade o início da temporada. O Treze, no entanto, dos principais clubes do estado é o que vive uma expectativa que há muito tempo não sentia.

Amargando um jejum de seis anos sem vencer o Estadual, o alvinegro saiu, nesse tempo, de um purgatório relativamente confortável direto para o inferno. O Galo da Borborema voltou a Série C em 2012, após um imbróglio jurídico que acabou lhe dando direito de disputar a terceira divisão no ano. Permaneceu lá em 2013 e disputou a competição em 2014, quando teve a companhia do rival Botafogo-PB, recém promovido à terceirona. Naquele ano, no entanto, o Galo não conseguiu se manter e caiu para a Série D. Era o início da crise.

No ano seguinte, jogou a quarta divisão nacional, mas sequer passou da primeira fase. Em 2016, o time ficou em sexto no Campeonato Paraibano, sendo eliminado para seu outro rival, o Campinense, e não conseguiu vaga para a quarta divisão, ficando de férias ainda no primeiro semestre. Era a consumação da crise.

Em meio a isso, Botafogo-PB e Campinense iam dividindo os títulos e os vice-campeonatos estaduais, além da consolidação do Belo como principal clube do estado no cenário nacional. De 2015 para cá, o time da estrela vermelha foi o único da Paraíba a disputar a Série C, enquanto os outros jogavam e jogam a quarta divisão.

Em 2017, o Treze chegou desacreditado e com um orçamento menor do que os rivais. Fez uma primeira fase irregular e acabou encontrando o Campinense, àquela altura favorito, na semifinal. Passou pela Raposa e com isso garantiu vaga na final do Estadual e nas edições de 2018 da Copa do Nordeste, da Copa do Brasil e da Série D. Eis que chegou a chance de retornar aos campeonatos maiores, ter uma temporada mais longa e conseguir alcançar mais recursos financeiros.

Para 2018, o Galo da Borborema resolveu investir em um bom nome para comandar um reformulado elenco. Oliveira Canindé, ídolo no rival e responsável pelo maior título da história do Campinense, a Copa do Nordeste de 2013, foi o escolhido pela diretoria alvinegra. Com carta branca da direção, o técnico realizou mudanças no elenco. Alguns nomes, no entanto, permanecem de 2017 para 2018 como o zagueiro Ítalo, o atacante Edinho Canutama e a grande estrela: Marcelinho Paraíba.

“Apresentamos toda a equipe, faltando ainda quatro jogadores e um auxiliar técnico. Quanto ao início dos trabalhos, conversei com Canindé e ele já que quer estar amanhã, terça-feira, em campo realizando algumas atividades. Os jogadores que faltam, dois convidados ainda estão jogando, mas todos devem chegar em Campina Grande ainda esta semana. Sobre os amistosos, já temos três definidos, mas ainda sem datas confirmadas”, disse o novo presidente do clube, Juarez Lourenço.

“Estou chegando aqui onde eu tive um ano especial em 2017. A expectativa agora é fazer um ano maravilhoso novamente. Estou aqui de braços abertos aqui para ajudar a equipe”, disse o meia.

Botafogo-PB busca ano mais tranquilo

Com um ano de altos e baixos, o Botafogo-PB e sua torcida estava querendo mesmo que 2017 acabasse. Campeão paraibano no primeiro semestre e quase rebaixado na Série C (ficou em oitavo lugar em seu grupo, de onde cairia para a quarta divisão o nono e décimo colocado), o Belo espera ter um ano menos tenso em 2018.

Para isso, a diretoria do Belo investiu pesado logo no primeiro semestre, o que não vinha acontecendo nas últimas temporadas. No setor ofensivo, os nomes anunciados para o novo elenco empolgaram bastante a torcida. Tanto pela renovação do atacante Dico, quanto pelas contratações do centroavante Nando e do meia Hiroshi. O principal contratado, porém, é o meia Marco Aurélio, ex-Coritiba e Sport, anunciado como o novo camisa 10 do Belo.

Assim como o Treze, o Botafogo-PB tem a temporada cheia. Além do Paraibano, o time pessoense vai jogar a Copa do Nordeste e a Copa do Brasil. No segundo semestre, o clube vai disputar mais uma vez a Série C e alimentar o grande sonho da diretoria e torcida, que é o acesso para a Série B.

Um dos reforços importantes do ano é fora de campo. Tricampeão paraibano, campeão brasileiro da Série D e 2013 e ídolo do clube, Warley pendurou as chuteiras e agora está à margem das quatro linhas. O ex-centroavante agora é dirigente e faz parte do departamento de futebol.

“Tivemos um primeiro semestre positivo, sendo campeão paraibano. Na Série C, tínhamos time par alcançar a nossa perspectiva, mas acabamos escapando do rebaixamento apenas no fim. Agora para 2018, tem coisa no futebol que tentamos evitar. Contratamos jogadores com o perfil de campeão. Esperamos que eles possam trazer esse espírito para o Botafogo-PB”, analisou Warley.

Campinense com dificuldades

Protagonista do futebol estadual ao lado do Botafogo-PB nas últimas temporadas, o Campinense começa seu trabalho mais desacreditado do que seus rivais. Terceiro colocado no Paraibano do ano passado, o clube Cartola conseguiu para 2018 apenas a vaga na Série D. Sem as disputas da Copa do Nordeste e da Copa do Brasil no calendário deste novo ano, o time tem menos atrativos e recursos financeiros para montar seu elenco.

Com esses obstáculos, o presidente reeleito no clube, William Simões, foi buscar opções caseiras e conhecidas do futebol local. Para o comando técnico, o dirigente escolheu Celso Teixeira, vice-campeão estadual pelo Treze no ano anterior. O camisa 10 vai ser o meia Marcinho, que atuou nas duas últimas temporadas pelo Belo.

A expectativa é, mesmo com um time mais barato, voltar a disputar a final do Paraibano para poder retornar a representar o estado nos torneios nacional e regional do primeiro semestre.

“Mesmo com a experiência que nós temos, ficamos emocionados com essa empolgação da torcida e isso nos motiva muito mais para trabalhar, podem ter certeza. Com muito carinho e determinação, eu, (Marquinhos) Marabá e o presidente formamos um time simples. Mas cada um aqui foi escolhido a dedo, e nós vamos suar sangue para conquistarmos todos os objetivos do clube”, comentou o técnico Celso Teixeira.

Auto Esporte: primeiro, se manter. Depois… quem sabe….

O primo mais pobre do trio de ferro do futebol paraibano é o Auto Esporte. O quarto clube com o maior número de títulos que ainda está em atividade no futebol profissional não vence o Campeonato Paraibano desde 1992.

A vontade é sair desse jejum, mas a expectativa real não é essa. As gestões do clube trabalham há alguns anos com a perspectiva de manutenção na primeira divisão do Estadual, o que vem conseguindo desde quando voltou à elite, em 2010, após sucessivos anos anteriores em uma gangorra de quedas e acessos.

O principal destaque para esta temporada não é dentro de campo. Nem fora. É o próprio campo. Pela primeira vez em sua história, o Auto Esporte promete jogar fora de João Pessoa, no estádio Carneirão. O intuito é mandar seus jogos em Cruz do Espírito Santo, cidade da Grande João Pessoa, onde fica um engenho que produz cachaça, principal patrocinador do time na competição.

“A gente escolheu a dedo todos os atletas que estão no elenco. Foi tudo fruto de muita conversa entre eu e o Maia (técnico). A maioria deles a gente já conhecia e outros que foram indicados nós fizemos questão de vê-los atuando antes de contratá-los”, explicou Joacil Júnior, diretor de futebol do alvirrubro.

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