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Professor Trindade

Não, não pense o leitor que estou insinuando alcoolismo em relação ao nosso grande escritor. A junção do título se deve a uma semelhança relativa à acentuação gráfica das palavras, em Língua Portuguesa.

A ideia da coluna surgiu justamente porque um grande jornalista amigo me indagou se grafaria José Lins do Rêgo ou José Lins do Rego.

É uma dúvida natural e frequente; afinal, na reforma ortográfica de 1971 (não, não foi nessa mais recente) foram abolidos quase todos os acentos diferenciais e outros que não tinham o menor sentido, como, por exemplo, acento circunflexo em flôr e acento grave invertido em sòmente.

De modo que, pelas regras atuais de acentuação, José Lins do Rego deveria ser grafado sem acento, assim como o nome da cachaça Pitú deveria ser grafado Pitu.

Qual a razão disso?

Ocorre que os registros civis ou comerciais não são regidos pelas leis da ortografia, mas sim, pelas dos registros cartoriais ou das juntas comerciais. De modo que o nome do camarão não tem acento (é pitu); já o da cachaça, sim, tendo que ser grafado da maneira com a qual foi registrada a marca: Pitú. O mesmo acontecendo com o registro civil do nosso regionalista: José Lins do Rêgo.

Note o leitor que temos, no Brasil, Manuel e Manoel; Terezinha e Teresinha.

E por falar em acento…

E que diabos as pessoas têm de não fixarem nunca que o verbo ter só tem acento na terceira pessoa do plural do presente do indicativo? Grassam os exemplos nas publicações do uso de têm, mesmo em frases no singular.

Ora, é tudo muito simples:

O trabalhador tem direito a receber as férias e mais um terço do valor.

Os trabalhadores têm direito a receber as férias e mais um terço do valor.

Mas o pior mesmo é ver em algumas colunas e portais sôbre (com acento). Minha gente, esse tipo de grafia não existe mais desde 1971!…          

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