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Lázaro Farias

Antes de começar para valer, o processo eleitoral de Campina Grande, talvez já tenha deixado suas maiores lições. O que vem pela frente, provavelmente será apenas desdobramento do que já aconteceu. 

Acredito que na história recente das últimas três décadas, não se verificou um embate “oculto” envolvendo um prefeito e um ex-prefeito do mesmo grupo na cidade Rainha Borborema, atraindo para dentro desse ambiente de conflito a classe política, a sociedade local e a imprensa. 

Nos últimos 12 meses, toda a Paraíba voltou seu olhar, para moído de Campina, como vulgarmente foi chamada a novela Romero Rodrigues. 

Não vou entrar nos detalhes, pois acredito que ainda estão avivados nas memórias de cada um de nós que acompanha a política da segunda cidade mais importante da Paraíba, especialmente na memória do campinense. Ficarei focado nas lições que devem ser extraídas de tudo que aconteceu. 

Classe política 

Aquelas que se dedicam a atividade política de Campina, nunca mais deverão trocar o debate da cidade pela miudeza da politicagem. O que fizeram foi vexatório. Muitos personagens trabalharam contra a cidade, embebidos pela fúria de derrubar um grupo. Foram raros os políticos que nesse intervalo de tempo debateram alguma coisa relevante  para a sociedade. 

Oposição  

Tomara que tenham aprendido que nunca se deve jogar parado, entregando todas as suas expectativas e destino, nas mãos de quem quer que seja. Eu via, e vendo não acreditava, que políticos tão experientes estavam desperdiçando uma avenida de oportunidades que foi aberta, desde que o senador Veneziano abriu mão de liderar a oposição, deixando um vaco que precisava ser preenchido de imediato. 

Só agora estão correndo atrás do prejuízo com estratégias até  corretas, porém limitadas pelo pouquíssimo tempo que resta. Não tem outra definição, se não afirmar que parte da oposição mostrou inabilidade total, tomando literalmente uma “volta” do grupo Cunha Lima, que até brigando soube colher os dividendos políticos. 

Essa lição em especial, precisa ter sido apreendida. 

Bloco do governo 

Governistas não podem gerar situação de conflito. Esse papel fica para as oposições. O núcleo político do governo de Campina promoveu várias chamas absolutamente desnecessárias que quase incendiaram as próprias paredes da casa. 

Faltou comunicação adequada, incluir aliados em decisões e respeitar a história de cada governo, visto que hoje, é apenas um prolongamento do que ocorreu no passado. Essa correção inclusive  foi feita, mas o conflito já estava instalado. 

O  ensinamento básico que deve ficar é: Governos usam extintores e não “lança chamas”. Preservam os aliados em lugar “sagrado” e nunca entram em rota de colisão com quem pode fazer estrago. Romero é um eleitor de prestígio na cidade e isso jamais poderia ser ignorado, ainda que tenha sido sem intenção. 

Câmara Municipal

As agendas dessa instituição foram desvirtuadas  pela política partidária em dados momentos. Um desserviço à comunidade. A casa de Félix Araújo já encaminhou deputados, senadores e até governador de estado. Precisa se elevar e nunca mais cumprir papel tão pequeno. 

E finalmente. Campina foi erguida com base numa ideia, que se tornou um valor e depois um sentimento chamado de “campinismo”. Ela é chamada de GRANDE e reverenciada como RAINHA para que não esqueçamos que ninguém, por mais importante que seja, não é maior que a cidade.

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