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Lázaro Farias

O dia 29 de abril marca a data do aniversário de Emancipação Política de vários municípios paraibanos, ou seja, antigos distritos que passaram a ser cidades. A maioria deles, está completando 30 anos de independência hoje.

Não se pode negar que o evento das emancipações, representa uma grande vitória dessas populações.

Localidades que elegeram seus respectivos vereadores, vice-prefeitos e prefeitos, que errando ou acertando, promoveram algum tipo de progresso e bem-estar para as populações.

Refiro-me a obras, serviços básicos de saúde, educação, ação social, coleta de lixo, fornecimento de água, oportunidades de trabalho no serviço público, etc.

Inequivocamente a instalação dos poderes constitucionais nas novas cidades, trouxe certa sensação de segurança, conforto e tranquilidade para quem nelas vivem. O agora, é melhor que o antes.

Entretanto, também não posso negar os desafios que essas municipalidades nunca conseguiram superar, até mesmo as que existem há mais de 30 anos. Estou falando de trabalho, emprego e renda. Uma barreira intransponível, que projeta a Paraíba como um dos estados mais pobres da federação. Uma condição, da qual ninguém pode se orgulhar. Realidade que atinge inclusive, cidades centenárias.

Essa é uma responsabilidade de todos, que portanto, deve ser enfrentada coletivamente. Governos e sociedade, precisam dividir o peso e a culpa desse histórico atraso.

São várias as soluções, que vão desde a descentralização do parque industrial brasileiro, contemplando os rincões de todo o país, até o fortalecimento da agricultura, através de financiamentos, reforma agrária, agrícola e principalmente, por meio da conclusão da transposição do Rio São Francisco para consumo humano e atividades econômicas.

Mas na ausência de boa vontade para se criar uma agenda positiva para os pequenos municípios da Paraíba, é mais fácil culpar a vítima, rotulando as pequenas cidades, como se fossem um peso para o país carregar.

Há quem defenda inclusive, que elas não deveriam existir. Uma ideia que só pode ser explicada por duas perspectivas: Ignorância de quem se expressa sem o mínimo de exame crítico e conhecimento de causa ou sentimento hostil, sustentado tão somente pela intolerância.

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