Moeda: Clima: Marés:
Início Colunas
Gustavo Amorim

É tão mais fácil aconselhar os outros, dizer o que devem ou não fazer, construir uma análise de fora, do olhar de quem se mantém fora da situação. Sabe por que? Porque após o conselho gratuito, o puxão de orelha e as perspectivas apresentadas, a decisão de seguir ou não continua sendo única e exclusiva de quem foi aconselhado.

Falar para nós mesmos, acolher e ouvir o que temos a dizer sobre nossa própria vida significa também tomar uma decisão, uma atitude. A gente emperra nesse processo de tomar as rédeas e assumir que nem todo caos é causado somente por ações de terceiros. Temos nossa parcela de permissividade.

Não nos ouvir e somente acolher e aconselhar outros é um modo de não enfrentar aquilo que precisamos fazer por nós mesmos, ou que achamos que não conseguimos, por medo, por doer demais. Reconhecer que nunca foi uma escolha para nós deixar de sempre ajudar e salvar ao próximo para nos acolher, talvez seja o passo mais dolorido e também mais libertador. Agora, tomando consciência, outros passos, tão dolorosos quanto, podem ser dados.

Analisar as conclusões e novas perspectivas que sempre apresentamos para a vida dos outros e “do nada” perceber que são sempre situações parecidas com as que nós vivenciamos, é sempre algo que toca ali no fundo, numa dor escondida ou situação que vira exemplo. Não é por acaso. Falar e ouvir o que temos a dizer a nós mesmos faz parte do processo de cura!

Gustavo Amorim

Psicólogo Clínico

CRP 13/9562


@gustavoamorimpsi

[email protected]

publicidade
publicidade
© Copyright 2024. Portal Correio. Todos os direitos reservados.