A Viação IPALMA foi uma empresa patoense (Patos – PB) que liderou, na década de 1960, as linhas intermunicipais que ligavam o sertão ao litoral, sendo que detinha, também, a concessão de uma linha interestadual.
A denominação IPALMA tem origem nos nomes dos donos da empresa: Zéu Palmeira e Ivan Lucena; IPALMA é, portanto, uma junção de Ivan e Palmeira.
É, sem dúvida, assombroso o número de linhas da empresa, para um empreendimento de uma cidade do interior. As principais linhas da IPALMA foram:
Intermunicipais:
João Pessoa – Conceição.
Patos – João Pessoa.
Patos – Campina Grande, via Salgadinho.
Patos – Itaporanga, via Olho D’água.
Interestadual:
Patos – Garanhuns (PE).
Em relação ao sertão, as empresas concorrentes da IPALMA eram a Gaivota e a Andorinha, que operavam as linhas Cajazeiras – João Pessoa e a empresa Batalhão, de Taperoá, que, entre suas linhas, tinha a Princesa Isabel – João Pessoa.
Os ônibus da IPALMA eram alvirrubros, a cor do Esporte Clube de Patos, cujo dono (chamado, eufemisticamente, presidente) era Zéu Palmeira; e a maioria era Mercedes Benz, com carroceria Ciferal.
No final dos anos 1960, todas as linhas da IPALMA foram vendidas à Patoense, também da cidade sertaneja, que praticamente monopolizou os transportes entre o sertão e o litoral. A empresa Batalhão encerrou as atividades nos anos 1970, tendo vendido a linha Princesa Isabel – João Pessoa à Expresso Nacional (hoje, Nacional).
A Patoense foi, posteriormente, vendida à Transparaíba e esta à Guanabara; hoje, detentora da concessão.
Causa estranheza que, nos dias atuais, quando se fale da IPALMA ninguém se lembre dela. Inclusive, conheço um livro cujo autor é de Patos que traz, erradamente, a informação de que a pioneira em linhas intermunicipais em Patos foi a Patoense.