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Josival Pereira

O governador João Azevedo, pelo visto, decidiu antecipar sua decisão em relação às eleições para presidente da República.

Uma reunião com o presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, em Brasília, nesta terça-feira, e a declaração de que, na Paraíba, o partido tem “total liberdade” para decidir sobre as eleições nacionais é mais do que um indicativo de que o governador já se decidiu.

Fosse para ainda aguardar uma possível definição da direção nacional em relação ao lançamento de uma candidatura a presidente, o Cidadania na Paraíba não precisaria de total liberdade. Iria aguardar, é claro.

A carta de total liberdade também desobriga o governador a esperar que a direção nacional do Cidadania avance em discussão sobre alianças com outros partidos ou manifeste apoio a algum candidato a presidente da República.

Lógico que o Cidadania da Paraíba também não precisaria de uma outorga de liberdade se fosse para seguir fiel à orientação nacional do partido, aguardar a realização de uma convenção ou um aval de Roberto Freire.

E para quê o Cidadania da Paraíba quer total liberdade política mesmo ainda tão distante das eleições? Por que não esperar um pouco mais?

Essa liberdade, anunciada na noite desta terça-feira pelo governador João Azevedo, só faz sentido se for para seguir um caminho que não seja o mesmo a ser seguido pelo partido. E agora, já. No caso, declarar apoio à candidatura do ex-presidente Lula, que não será o candidato do presidente do Cidadania, o ex-deputado Roberto Freire.

O governador João Azevedo pode querer adiar o anúncio para organizar um evento e tirar maior proveito político da situação, mas essa viagem a Brasília expõe sua decisão por Lula. A confirmação da visita do líder petista ainda este mês à Paraíba pode ter apressado o governador, já que, do outro lado, a oposição está se mexendo e, neste caso, o melhor é começar a mover pedras também.

Sem dúvidas, o governador João Azevedo já decidiu que vai com Lula. Precisava do aval da direção nacional do Cidadania e conseguiu a total liberdade de Roberto Freire, que não iria arriscar perder o único governador do partido.

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