João Pessoa: Clima e planejamento são os desafios do futuro

As fortes chuvas que caíram em João Pessoa nesta terça-feira (28), causaram transtornos que alteraram a vida do pessoense de forma considerável.

Foram várias ruas alagadas, impedindo o direito de ir e vir, semáforos sem funcionar, prejuízos materiais e outras situações que se justificam principalmente, pelo volume pluviométrico registrado, já que choveu em um dia, o esperado para quinze.

Todavia, esse dado não pode nos induzir ao erro de negar que a cidade precisa melhorar sua infraestrutura, que o diga a necessidade emergente de construção de uma ponte na localidade que divide os bairros de Mangabeira e Valentina, uma demanda histórica, até hoje sem solução. Poderíamos enumerar outras necessidades, mas isso alongaria muito nosso texto.

O sistema de drenagem de João Pessoa é ineficiente, precisa ser atualizado, expandido, melhorado e nessa perspectiva, também não se pode negar que algum investimento vem sendo feito, a exemplo da intervenção realizada na avenida Hilton Souto Maior, entre outras ações.

No entanto, entre o que foi e o que ainda precisa ser feito, existe algo maior, que deve nos chamar a atenção. A capital da Paraíba precisa realizar um planejamento na área de drenagem fluvial a longo prazo, levando em consideração não apenas as necessidades atuais, que já registram um acumulado histórico, mas principalmente o que há de vir.

Acontece que as modificações climáticas estão determinando um futuro bastante incerto, onde algumas regiões passarão por seca extrema e outras por volume severo de chuva. Ou seja, a dificuldade que estamos vivendo agora, pode ficar maior no futuro.

Hoje escutei vários discursos políticos sobre os temas chuva e alagamento. Um ataca o outro defende, cada qual preso na sua própria conveniência, demonstrando a incapacidade de ver o panorama geral da situação, desprezando o debate sério e honesto que deveria prevalecer. Uma vergonha.

João Pessoa merece mais. A gente não pode perder tempo com mesquinharia, pensamento razo. Somos uma capital e precisamos oferecer respostas firmes e rápidas para os nossos problemas.

É bom lembrar que na ponta, o mais prejudicado espera ansiosamente pelas soluções, refiro-me ao povo, cidadão, contribuinte, o pagador de impostos, em quem a dor, dói muito mais.