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Josival Pereira

Uma esperada e importante decisão política no xadrez da disputa neste ano de 2022 na Paraíba está se consumando. O grupo Cunha Lima deverá ficar com o controle do PSD no Estado. Além de uma tentadora proposta oferecida ao presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, o governador João Azevedo não deverá atravessar o caminho, já que analisa outra solução partidária com maior atenção.

A ideia fixa de Kassab de não se aliar ao ex-presidente Lula no primeiro turno, distancia o governador paraibano do PSD no momento, uma vez que ele quer fazer campanha e votar no petista já na primeira etapa das eleições. Apesar disso, a legenda ainda não saiu totalmente do radar de João. Mas está mais distante.

Desse modo, o caminho do PSD parece aberto ao grupo Cunha Lima.

Mas por que Romero Rodrigues e o prefeito Bruno Cunha Lima se mostram tão empenhados em ficar com o controle do PSD? E o que foi oferecido a Kassab?

Quando Romero anunciou que apoiaria a candidatura de Pedro Cunha Lima ao governo do Estado, o plano parecia ser o de sua volta ao PSDB, onde haveria melhores condições de eleição para deputado federal. O problema é que avançou a proposta de formação da federação nacional com o Cidadania. Neste caso, havia, e ainda há, o risco de o governador assumir o controle da federação, o que desalojaria o grupo Cunha Lima do PSDB.

O PSD passou, então, a ser a opção de abrigo do grupo Cunha Lima. Romero e Bruno já estão lá e não haveria maiores problemas de acomodação dos demais, inclusive do candidato Pedro Cunha Lima. Essa é a primeira proposta apresentada a Kassab.

A chapa de deputado federal seria formada por Romero, Ruy Carneiro, Rafafá e mais uma meia dúzia de outros candidatos, o que garantiria a eleição de dois parlamentares.

Mas existe ainda a possibilidade de integração ao grupo do suplente de deputado Leonardo Gadelha, que está no PSC, porém dificilmente conseguirá montar uma chapa de deputado federal com possibilidade de conquistar uma vaga. Com Leonardo, haveria chance de eleição de mais um. As três cadeiras oferecidas a Kassab.

No caso de o governador João Azevedo não ficar no Cidadania e, assim, não assumir o controle da federação, a ideia é que a chapa de deputado federal será montada no PSD, com Pedro sendo candidato pelo PSDB, para somar mais tempo de televisão. É a proposta desdobrada.

Esses são os planos já em marcha batida para efetivação.

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