O senador Tasso Jereissati (PSDB) se reuniu com o apresentador Luciano Huck no início da semana. Teriam avaliado cenários da conjuntura política brasileira e as possíveis candidaturas de ambos. Combinaram se reunir outras vezes.
A introdução é para constatar que, pouco a pouco, integrantes do PSDB e outras lideranças estão introduzindo no rol de candidatos à presidência da República o nome de Jereissati como alternativa das forças definidas como ideologicamente de centro.
O senador cearense parece interessado. Tanto que começou a aparecer mais ativamente no Congresso, o que tem lhe dado certa repercussão na imprensa.
A CPI da pandemia no Senado só teria tomado impulso depois de uma postagem do senador cearense no grupo de senadores no dia de uma visita de Bolsonaro ao Ceará, onde o presidente promoveu aglomerações, desrespeitou medidas do governo e ainda criticou os governadores. “É preciso parar esse cara”, teria conclamado.
A participação do senador tucano foi considerada decisiva na definição da CPI, da qual ela faz parte, e tem se mostrado disposto a enfrentar o Palácio do Planalto.
Defensores da candidatura do senador tucano avaliam que ele teria um perfil apropriado para o momento conturbado da vida nacional: experiente, afeito ao diálogo, político oriundo do meio empresarial e de posições políticas encaixadas no arcabouço de centro.
Jereissati já foi três vezes governador do Ceará e exerce o segundo mandato de senador. Ganhou destaque em seu primeiro governo por ter derrotado os coronéis que dominavam a política do Ceará há anos.
Estão aparecendo até comparações dos perfis de Jereissati e do presidente americano Joe Biden no que diz respeito aos quesitos equilíbrio, moderação e segurança, que seriam essenciais para a atual quadra política brasileira. Parece uma moldura interessante.
O problema é que Jereissati terá que interromper o grande sonho do governador João Dória e o desejo indômito do ex-aliado Ciro Gomes. Nada fácil.
Seja como for, tem mais um presidenciável na praça.