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Lázaro Farias
Pacote anticrime, Semana
Sergio Moro (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Por 5 votos a favor e 2 contra, Sérgio Moro, ex-juiz da operação Lava Jato, seguirá Senador da Republica, pelo menos por enquanto, já que a decisão ainda poderá ser contestada na própria Corte Eleitoral do Paraná e no Tribunal Superior Eleitoral.

Sérgio foi denunciado pelo PT de Lula e pelo PL de Bolsonaro, por ter supostamente praticado abuso de Poder Econômico nas eleições de 2022.

Os partidos de direita e esquerda sugeriram que Moro fortaleceu o nome para a corrida ao senado, enquanto esteve no partido Podemos em pré-campanha para a presidência da República, e que depois migrou para o União Brasil para concretizar o projeto político.

Juntando os recursos financeiros do Podemos e do União Brasil, na tese dos acusadores, Moro teria gasto 6,7 milhões de reais, ultrapassando o limite legal que é de 4,4 milhões.

Mesmo não tendo formação na área do direito, eu nunca tive dificuldade para analisar essa ação, nem do ponto de vista legal, muito menos do ponto de vista político. Pela legalidade, o que Moro gastou na sua tentativa de emplacar o nome para a presidência do Brasil, jamais poderia ser somado ao que gastou para ser senador. Foram projetos, cargos e legendas diferentes, todo o mais é interpretação fantasiosa e perseguição política.

O PT e o PL também acusaram o homem que ganhou fama caçando corruptos, de ter praticado Caixa 2 e usado indevidamente os meios de comunicação.

O leitor deve ter observado que desde o início da nossa coluna de hoje, PT e PL estão sendo mencionados na mesma frase, e mais, as legendas que nunca concordam em nada, nesse assunto concordam em tudo: Moro precisa ser removido do jogo político!

O que a direita e a esquerda nutrem contra Moro é sentimento de vingança, traduzido numa vasta perseguição, com o propósito de enterrar o legado do Juiz e remover o político da atividade. Afinal, com uma caneta e poder nas mãos, Sérgio Moro será sempre uma ameaça que vai da direita até a esquerda brasileira.

A decisão do TRE do Paraná, deve representar pelo menos temporariamente, um alento para a sociedade brasileira de que ainda exista uma reserva de decência, moralidade e combate a inversão de valores no Brasil, afinal, o Juiz não é o bandido.

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