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Lázaro Farias
Pequenos negócios, Emprego, Empregos,
Foto: Divulgação

O mês de maio nos coloca diante da oportunidade de refletirmos sobre um tema extremamente relevante e vital para o país, o trabalho.

Nas comemorações vistas por todo território nacional, alusivas ao dia do trabalho, escutei muitos discursos focados na valorização das conquistas, cobranças por mais direitos trabalhistas, até falas vazias e ilegais pautadas nas eleições.

Eu costumo nessas e em outras ocasiões, prestar atenção, não apenas no que se diz, mas também no que fica ausente, que aos meus ouvidos grita e diz mais, do que aquilo que é falado.

Fazendo essa análise, distante o máximo possível das emoções e do cabo de guerra que o Brasil se tornou, aponto que o grande termo ausente nas comemorações do primeiro de maio, foi mesmo o tema desemprego. Um silêncio absurdo e descabido, que deve nos deixar envergonhados.

Necessário lembrar portanto, que no momento em que celebrávamos o dia dedicado ao trabalhador, a taxa de desemprego era arrastada para cima, atingido o preocupante patamar de 7,9%, ou em números reais, 8,6 milhões de brasileiros sem o direito de buscar a sobrevivência com o suor do rosto.

A maioria dos políticos evitou tratar o tema. Já uma parte significativa da imprensa, para apresentar esses números negativos, enfeitou tanto, que o cenário atual de desemprego, até pareceu uma coisa boa, no comparativo com o passado. Mas a pergunta é: Em qual recorte temporal desemprego é algo bom? A maioria das notícias publicadas a esse respeito, foi um vexame.

Porém decididamente, mais silenciado do que o tema desemprego, foi o do emprego precário, sem carteira assinada, que corresponde a cerca de 40 milhões de brasileiros. Gente que tem negado o direito a estabilidade e o que está incluso nela, desde salário mínimo, jornada de trabalho regular, décimo terceiro, férias e por ai vai.
A conta é simples: Brasil dos desempregados + Brasil do subemprego = a 48 milhões de pessoas.

Negligenciar ou mascarar um evento social de proporções tão graves, não é apenas covardia, é fantasioso, alienante e sem nenhuma conexão com o mundo real, enfrentado todos os dias pelos brasileiros e brasileiras, que vivem com pouco ou com o nada que tem. Que venham dias melhores.

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