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Professor Trindade

Em 1974, apesar da pouca idade (17 anos), consegui, graças ao radialista Bernardo Filho, colega da Rádio Correio da Paraíba, apresentar-me na Bica do Parque Arruda Câmara, na preliminar do show de Maurício Reis, no auge do sucesso deste.

O pior é que, muito pobre, eu não tinha condições de comprar uma roupa específica para o show e o cachê, sendo eu “atração da casa”, era simbólico. E ainda mais, é óbvio, seria pago no dia seguinte à apresentação. A solução encontrada foi pegar um blusão amarelo (que eu achava muito “cheguei”) e com o qual eu me apresentara na banda do Lyceu Paraibano, como tarolista, combinado com uma calça jeans.

O show aconteceu num domingo, no final da tarde, e, na noite anterior, ensaiei com “Os Satânicos”, em Santa Rita, as dez músicas que iria apresentar; entre elas, quatro minhas.

Só que terminei minha apresentação e cadê Maurício Reis aparecer?

A Bica estava lotada! O show era ao ar livre, gratuito, e promovido pela Prefeitura Municipal de João Pessoa.

“Gelei” quando os organizadores do evento me avisaram que o titular faltara eu iria substituir o cantor santarritense, astro nacional, e que na época “estourava” nas rádios com o sucesso “Verônica”.

Resultado: Tive que cantar o dobro das horas, num repertório improvisado, uma vez que ultrapassara o número de músicas que houvera ensaiado, e teria que preencher o horário das duas apresentações. Ainda bem que sabia, como ainda sei, de cor, inúmeras composições. “Tasquei”, a noite inteira, Roberto Carlos e canções da Jovem Guarda.

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