Não há normas rígidas para se escrever corretamente. O remédio é ler muito, com atenção, e fazer exercícios. A seguir, algumas orientações:
1.Emprego do J
A letra J é usada, entre outros, nos seguintes casos:
Nas palavras derivadas de palavras terminadas em ja.
Ex.: Lojista (vem de loja); gorjeta (vem de gorja = garganta).
Em todas as formas dos verbos terminados em ja.
Ex.: enferrujar: enferrujem, enferrujei.
Atenção:
Viagem (substantivo) é escrito com G: A viagem foi boa.
Viajem (verbo) é escrito com J: espero que vocês viajem bem.
2.Emprego da letra S
A letra S é usada:
Em todas as formas dos verbos querer e pôr (e derivados): quis; pus; quisesse; quiseram; compuseram; propuser.
No sufixo ês, indicando origem, procedência: Chinês; camponês: burguês.
Em geral, depois de ditongo: Coisa, causa.
Nos sufixos esa e isa formadores de femininos: Duquesa; poetisa; princesa.
Nos verbos terminados em isar, derivados de palavras que já têm a letra S no fim do radical: Frisar (vem de friso); paralisar (vem de paralisia); pisar (vem de piso).
3.Emprego do Z
A letra Z é usada:
Nos substantivos abstratos femininos, derivados de adjetivos.
Ex.: Rapidez (vem de rápido); sensatez (vem de sensato); beleza (vem de belo); leveza (vem de leve).
Nos verbos terminados em isar, derivados das palavras que não têm o S no final do radical.
Ex.: Atual (vem de atualizar); dinâmico (vem de dinamizar).
4.Emprego da letra X
Usa-se o X:
Em geral, depois de ditongo: Faixa, ameixa.
Exceção: a palavra caucho e derivados: Recauchutar; recauchutagem.
Em geral, depois da sílaba inicial en
Ex.: Enxame; enxó; enxurrada; enxugar.
Exceções: Encharcar (de charco); encher, enchente (de cheio); enchumaçar (de chumaço); enchova (nome de um peixe).
5.Emprego de MAL e MAU
Na prática, mal se opõe a bem e mau se opõe a bom:
O rapaz jogou mal (não jogou bem).
O rapaz é mau jogador (não é bom jogador).
Frases importantes para se fixar o que foi dito:
Aquele que está certo tem certeza.
O homem que é forte tem fortaleza.
Quem é rápido tem rapidez.
O que é nítido tem nitidez.
O que é limpo tem limpeza.
O que é límpido tem limpidez.
2.O feminino de português é portuguesa.
De camponês é camponesa.
De burguês é burguesa.
De poeta é poetisa.
3.Vamos formar verbos a partir de algumas palavras?
Perene: perenizar
Liso: alisar
Civil: civilizar
Análise: analisar
Ameno: amenizar
Real: realizar
Pesquisa: pesquisar
Catequese: catequizar.
(Observe o leitor que, aqui, a “regra” ortográfica não valeu de nada).
4.Vamos usar o G ou o J nas frases abaixo:
O lojista se enganou no preço.
A viagem foi bem sucedida.
Espero que vocês viajem bem.
A gorjeta dada ao garçom foi boa.
O trajeto era pequeno.
A canjica estava servida.
O agiota duplicou os juros.
A jia estava escondida no pote.
“O que te espera é a Laje fria!”.
5.Usemos, agora, o S ou Z, nas frases abaixo:
b) O atraso dele se deveu à chuva.
c) Ele não quis que eu o ajudasse.
d) A “Buzina do Chacrinha” foi um programa famoso.
e) Puseram a maisena na papa?
(Aqui, é preciso cuidado para não confundir o substantivo comum com a marca Maizena).
f) O gesto dele foi espontâneo.
j) O fuzil de Lampião era temido.
l) Infelizmente, senhora, o fusível queimou.
o) Hoje, vamos jantar cuscuz.
6. Vamos usar E ou I nas palavras abaixo:
a) Não diga previlégio, mas sim, privilégio.
b) Não diga desinteria, mas sim, disenteria.
g) Diga empecilho, e não, impecilho.
h) Diga meritíssimo (cheio de mérito), e não, meretíssimo; muito menos, meretríssimo.
9. Para encerrar:
a) Ele não é um mau aluno, mas, infelizmente, se deu mal na prova.
b) Esqueça o mal que ele lhe fez; afinal, ele não é um mau patrão.