Para onde caminha a Paraíba? Numa resposta à busca de informações sobre os rumos do desenvolvimento da Paraíba,
a imprensa registra uma notícia interessante: a instalação do Centro de Distribuição da Rede Paraíba de Supermercados em Guarabira. O fato merece algumas considerações.
Inaugurado na segunda-feira, o equipamento privado reúne 25 empresas do ramo, deve gerar 1 mil empregos diretos e indiretos e movimentar algo em torno de R$ 250 milhões.
O governador João Azevedo comentou sobre o evento em seu programa de rádio e aproveitou para destacar um nicho da economia paraibana que estaria abrindo perspectivas de desenvolvimento para o Estado, mas que é pouco conhecido e divulgado.
O nicho aqui não é qualquer coisa. Trata-se do conjunto de cerca de 300 centros de distribuição e atacadões já instalados e em atividade na Paraíba.
Em sua fala, o governador não expôs dados sobre número de empregos gerados pelo setor, valores que movimentam nem onde estão instalados. Destacou apenas que o governo tem participado de ações para a atração do referido nicho de negócio com incentivo fiscal que estabelece a alíquota fixa de 4% sobre a circulação de produtos e serviços dentro do Estado e 1% sobre vendas para fora da Paraíba.
A ideia de que a Paraíba é ideal para a instalação de centros regionais de distribuição tem mais de uma década. É possível lembrar o Carrefour, em 2006, implantando seu centro de distribuição para o Nordeste no Distrito Industrial de João Pessoa.
Existe uma lógica territorial: a Paraíba fica localizada num ponto estratégico do Nordeste, com distâncias razoáveis para atender Pernambuco, Alagoas, Sergipe e até a Bahia para o lado sul e o Rio Grande do Norte, Ceará Piauí e, se quiser, o Maranhão do outro lado.
Antes, nenhuma gestão, ao que se saiba, tratou a ideia como programa de governo e a divulgou como é costume divulgar alguns projetos. O atual governo começa a fazer essa comunicação.
Mais do que isso: sustenta que este nicho, junto com projetos de usinas de energia renováveis (solar e eólica), equipamentos turísticos e hoteleiros, e na área de tecnologia, quase tudo da iniciativa privada mas com estímulos e incentivos públicos, são o motor atual do desenvolvimento da Paraíba.
A Paraíba talvez ainda não enxergue assim. Mas que seja. Amém!