Moeda: Clima: Marés:
Início Colunas
Lázaro Farias
Governo quer aumentar fiscalização em presídios (Foto: Divulgação/SENAPPEN/MJSP)

Já é do conhecimento de quase todo brasileiro que acompanha as notícias, que o Congresso Nacional acabou com as chamadas “saidinhas” dos presos. Sabe também que o presidente da República vetou parcialmente o projeto no dia 11 de abril, mantendo o benefício, exceto para os casos de crimes hediondos.

É verdade que é difícil para a sociedade assistir pela TV, as notícias de que prisioneiros com o benefício, aproveitaram a “saidinha” para praticar crimes e não voltar mais para o encarceramento. Algo revoltante.

A situação piora quando somamos ao cenário descrito acima, a grave situação de segurança pública que o país atravessa, que tira a sensação de paz da sociedade e gera um desejo incomensurável por justiça, traduzida em leis mais severas contra o criminoso. Foi exatamente nesse contexto que os congressistas ganharam força e popularidade para derrubar a “saidinha”.

Enquanto isso, o veto do presidente Lula tentando manter esse “direito” para alguns prisioneiros, perde força e conexão com o cidadão de bem, que vive absolutamente afugentado pelos bandidos. Esse mesmo cidadão, observa que os políticos brasileiros que defendem a ida dos presos para casa nos feriados, alguns já precisaram desse mesmo benefício também. No ditado popular: “Quem disso usa, disso cuida”. E para completar o cenário escandaloso, a população viu até a dama do tráfico do Amazonas, desfilando pelos corredores do poder em Brasília. Uma tempestade perfeita que aumenta de tamanho, com os discursos de algumas autoridades amenizando praticas delituosas, como se fossem realizadas apenas por “vítimas” da sociedade.

Mas o que muita gente não sabe, ou talvez não se importe, é que dentro desse assunto, a “saidinha” é um sintoma, a doença de fato é a ineficiência do sistema prisional brasileiro que não ressocializa o apenado. Mas o Brasil como sempre, faz a opção pelo paliativo, por falta de visão ou porque acha mais fácil e barato do que resolver o problema.

publicidade
publicidade
© Copyright 2024. Portal Correio. Todos os direitos reservados.