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Josival Pereira

Enquanto o mundo quase todo se debate com o avanço da pandemia e mortes sem parar, três países têm chamado a atenção pelo grande controle que exercem sobre a doença.

Na Nova Zelândia só foram contadas 26 mortes desde o início da pandemia até agora. Por isso, está eleita como o melhor lugar para se morar neste período de pandemia.

Na Austrália, o número de óbitos é bem maior do que os da Nova Zelândia, chegou aos 910 casos, mas é menos da metade do que ocorre por dia no Brasil. Mas, veja-se, mesmo com a variante indiana tendo sido identificada num Estado, onde foi decretado um lockdown rigoroso de imediato, não há registros de mortes há seis semanas na Austrália.

Na Coreia do Sul, são 1.957 casos de óbitos, 140 mil casos de covid-19 registrados, diferente da maioria dos países em que os casos são contados aos milhões.

E existe ainda um detalhe intrigante. Os índices de vacinação são muito baixos nestes países. Na Nova Zelândia, menos de 4% foram vacinados com duas doses e 8% receberam ao menos uma dose. Na Austrália, 9% receberam uma dose e na Coréia são 13%.

O que estes países fizeram ou estão fazendo para administrar e controlar a pandemia?

Os cientistas apontam uma combinação simples de fatores: liderança dos governos na orientação e adesão da população às orientações, que são uso de máscaras, distanciamento social e respeito total ao direito coletivo à saúde. Da parte das autoridades sanitárias, a aplicação de testes em massa e a decretação de quarentenas rigorosas localizadas. E a base de tudo é o respeito rigoroso à ciência.

Numa matéria no UOL, Christovam Barcelos, especialista em saúde da Fiocruz, resumiu o cerne da estratégia correta: “Os países que controlaram melhor a pandemia foram os que conseguiram um consenso na relação Estado, comunidade e indivíduo. Há uma noção de coletividade, em que a população adere a uma recomendação governamental pensando em seu papel na proteção de toda a sociedade”…

Haverá quem apareça alegando que não é correto comparar situações de países diferentes em tudo. É verdade. Mas é bom que se diga que inteligência e burrice não são muito diferentes em lugar nenhum do planeta. A questão é cultural. Talvez esta seja a diferença.

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