Porque o PL rompeu com Bruno Cunha Lima?

Tropa de elite

Uma comissão de frente da direita de João Pessoa foi a Brasília com o objetivo de interferir na política de Campina Grande. E conseguiu.

Os nomes

Os deputados Cabo Gilberto, Wallber Virgulino, e os pré-candidatos a prefeito e vice Marcelo Queiroga e Sérgio Queiroz, integraram o time que levou o pedido ao presidente nacional do PL Valdemar da Costa Neto, para que a direita tenha candidatura própria na Rainha da Borborema. Projeto fechado!

Rompimento

Pedido aceito, logo, o Partido de Bolsonaro, rompeu com o projeto de reeleição de Bruno Cunha Lima. Agora o PL vai entregar duas secretarias que a legenda ocupa atualmente no governo municipal.

Balas trocadas

A ação do PL em Campina Grande, teve um desdobramento gerado pelo partido União Brasil, onde o prefeito Cunha Lima está filiado desde o final do ano passado. O caso é o seguinte: Na cidade de Cabedelo, onde o deputado Wallber tenta ser prefeito, o “União” trocou ele por André Coutinho, do Avante, candidato apoiado pelo prefeito Vitor Hugo e pelo governador João Azevêdo.

Em João Pessoa, por sua vez, o União Brasil tem fina sintonia com o Podemos de Ruy Carneiro dando as costas para o PL de Marcelo Queiroga que tenta ser o próximo prefeito da Capital.

Compreenda…

Se o União de Efraim Morais não pode ajudar o PL na cidade portuária e nem pode somar no projeto da capital, o PL não tem motivação para contribuir nas pretensões do União Brasil em seguir governando Campina Grande. Faz sentido?

Incoerência

Por outro lado, veio meio tarde a reflexão da direita sobre tudo que argumentamos acima. Depois de ocupar espaços no primeiro escalão do governo Bruno, ficou feio abandonar o barco.

Palanque para o conservadorismo

Outra motivação para a direita é manter na segunda maior cidade da Paraíba, palanque para conservadorismo, visando a eleição de 2026. Ideias que terão espaço na TV, no rádio e nas redes sociais.

Fundo eleitoral
O cofre do PL está cheio. É o partido mais rico do Brasil. O que também pode ter pesado na decisão de ter projeto próprio em Campina.

A volta de Bolinha
Certamente o nome mais provável para encarar o desafio, será o do empresário Bolinha, proprietário das lojas Rutra. Ele já participou da disputa em eleições anteriores e é um nome muito respeitado no campo da direita paraibana. Está filiado hoje ao partido “Novo”.
Será que ele dará um sim? O convite já foi feito.

PL dividido
O cenário deixou a legenda de Bolsonaro outra vez em rota de colisão. Em Campina, os filiados, incluindo o presidente Bruno Roberto, insistiam pela manutenção da aliança com Bruno, enquanto o time de João Pessoa, preferiu o rompimento. E agora?