Vez por outra um aliado do governador João Azevêdo apresenta um nome para a chapa governista para as disputas de 2022. Aliás, já teve até quem se lançasse à disputa, como é o caso do deputado Efraim Morais, que está se apresentando como candidato a senador. A proposta até já ganhou o apoio do senador Veneziano Vital do Rego e de deputados.
Vários parlamentares estaduais passaram também a defender o nome do presidente da Assembleia, Adriano Galdino, como candidato a vice-governador. E tem também quem defenda o prefeito de Cabedelo para a vice, como é o caso do deputado Taciano Diniz.
O deputado Aguinaldo Ribeiro, ao seu estilo, não fala abertamente, mas já não esconderia o desejo de ser o candidato a senador.
Cabe uma perguntinha básica: e o que o governador João Azevedo acha de tudo isso?
Outra: os aliados já se perguntaram se os nomes apresentados ajudam ou atrapalham na composição da chapa?
Sim, porque a questão geopolítica tem peso importante na composição da chapa.
O candidato a vice-governador, por exemplo, quase sempre tem saído de Campina Grande. O nome de Adriano Galdino representaria aquela cidade?
Sendo candidato a senador, Aguinaldo Ribeiro seria adotado por todas as forças aliadas de Campina Grande ou o senador Veneziano Vital do Rego rejeitaria a ideia? Qual seria a aceitação do nome de Aguinaldo para o Senado se a irmã já é senadora?
Cabe um vice-governador da Grande João Pessoa sendo o governador filho da Capital?
Como se observa, não é nada fácil compor o xadrez da disputa eleitoral. Numa análise rápida, a resposta a maioria das perguntas formuladas acima seria não. Sem falar que, fechada a chapa com os nomes sugeridos até agora, praticamente fecha o leque de alianças do governador com partidos conservadores. É isso que o governador quer?
Uma coisa é certa: a proliferação prematura de nomes para composição da chapa revela que o governador ou não está tratando do assunto ou está sem o controle do processo, o que poderá lhe causar muitas dores de cabeça lá na frente.