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Josival Pereira

Depois das muitas festas, sonhos e promessas renovadas, a vida vai voltando ao normal, a ficha caindo e os desafios de 2022 se deparando para cada um e na perspectiva coletiva.

Quais, então, os principais desafios que os brasileiros vão ter que encarar em 2022?

Individual e coletivamente, o grande desafio deverá ser ainda o enfrentamento da pandemia, que não acabou com a mudança de ano.

Os cientistas indicam que 2022 deverá ser o ano de controle da pandemia, talvez em meados do ano, mas ainda com a persistência da circulação do covid-19 em áreas descobertas de vacinação ou pelo surgimento de novas variantes.

No caso, o desafio será a convivência com vírus em clima de normalidade, sem baixar a guarda em alguns cuidados, como usar máscaras, manter certo distanciamento e buscar a vacinação. Para garantir a saúde coletiva, as autoridades sanitárias terão que manter a vigilância e completar a cobertura vacinal, além de fechar as portas para outras doenças.

Outro grande desafio nacional, mas que também diz respeito a todo cidadão em particular, certamente, serão as eleições para presidente, governador, deputados e senadores.

O cenário que se vislumbra ainda é o de radicalização e ódio. O desafio será o de superar esse estágio de polarização burra e fazer emergir o estado de consciência cidadã. Os brasileiros precisarão, como tem acontecido em eleições recentes pelo mundo, ter em mente a importância dos valores da democracia e de projetos de nação que visem o desenvolvimento econômico, mas que levem o social em consideração.

O debate entre os candidatos que se faz necessário será o que girar sobre projetos de governo e não de ataques pessoais nas mídias sociais, que, sem dúvidas, será outro grande desafio de 2022, que é o de não permitir o predomínio das fake news.

Um problema de fundo que o Brasil vive e que vai merecer a atenção especial da gestão pública e da política é o da fome. As estatísticas apontam que 19 milhões de brasileiros estão sem comida para se alimentar no dia a dia. O Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família, garante renda para pouco mais de 14 milhões. Dificilmente, será ampliado. A economia talvez não permita.

Como cidadão, cada um de nós pode se sentir impotente, mas é preciso pelo menos ter a consciência de que nenhuma nação terá paz e poderá gerar desenvolvimento com qualidade de vida para todos com contingente tão expressivo de pessoas passando fome. Assim, a fome acaba sendo um desafio de todos.

Não há como o Brasil fugir desses três desafios. Estão postos. Vencemo-los bem ou o país perderá o prumo e o rumo.

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