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Josival Pereira

Um ou outro jornalista, com muito cuidado, tem levantado hipóteses sobre a sucessão no comando do MDB da Paraíba. Por natural, o tema requer ponderação pelo respeito que se dedica ao senador Zé Maranhão e seu recentíssimo falecimento.

Tenha-se, contudo, que não deve ficar assim por muito tempo. O MDB é um partido importante e, provavelmente, o Diretório da Paraíba será disputado. Pode não ser uma disputa barulhenta, mas, ainda assim, há muitos melindres no cenário.

Inicialmente, porque há uma situação de legalidade do atual Diretório Estadual que, certamente, será respeitada pela instância nacional e lideranças locais.

O Diretório atual, que tinha Maranhão como presidente, foi formalizado legalmente em julho de 2019 e tem vigência até julho deste ano (2021). O primeiro vice-presidente é o ex-governador Roberto Paulino, que, pelo estatuto, ascende à presidência automaticamente.

A Executiva Estadual tem ainda o ex-deputado Benjamin Maranhão (segundo vice-presidente) Tatiana Medeiros (terceira vice-presidente), Raniery Paulino (Secretário Geral), Antônio de Souza (Tesoureiro), Alberto Gomes Esquerdinha (Tesoureiro Adjunto), Olenka Maranhão (1ª Vogal), Francisco Seraphico (2º Vogal), Márcio Roberto (3º Vogal) e Diego Amaranto (4º Vogal).

Como se nota, trata-se de um agrupamento muito maranhista, que não oferecia maiores problemas ao comando enquanto o senador Zé Maranhão comandava. Agora, porém, podem surgir alguns problemas. E, talvez, até complicações.

Em Brasília, o emedebista com poder e, portanto, força na cúpula partidária é o senador Veneziano Vital do Rego, que, de sobra, ainda tem a mãe, Nilda Gondim, também com mandato no Senado. Se quiser, ganhará o comando da sigla na Paraíba já. Mas, se quiser agora, de imediato, precisará de intervenção da direção nacional na direção local. Vai querer, sendo a intervenção uma solução nada democrática?

Lógico que Veneziano pode esperar até julho, quando o atual diretório estadual caducará. Mesmo assim, terá que escolher entre conseguir um acordo e assumir o diretório com o apoio das lideranças locais, ser nomeado pela cúpula lá de cima (Brasília) ou ainda disputar o voto dos filiados para se tornar presidente. E aí?

Complicação maior, no entanto, Veneziano terá se algum herdeiro direto do senador José Maranhão se interessar pelo comando do MDB ou se surgir algum movimento interno defendendo a candidatura própria a governador, mesmo que essa talvez seja uma hipótese remota, uma vez que parece haver uma tendência de Roberto e Raniery Paulino defenderam apoio à reeleição do governador João Azevedo, que é também a posição do senador campinense.

Tudo indica que Veneziano será o homem do MDB, mas ainda tem senões a encarar.

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