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Com pandemia, brasileiros empreendem por necessidade

Especialista do Unipê aponta formas para tornar o negócio estável

Inúmeros serviços e fornecedores de produtos diversos foram criados no Brasil desde o início da pandemia pela Covid-19. Com o desemprego causado pela crise sanitária e o fechamento de muitos negócios, esses brasileiros rumaram para o empreendedorismo. Mas essa entrada, na verdade, foi por necessidade de suprir sua carência financeira, pagar dívidas e contas e se manterem, seja por falta de carteira assinada ou de oportunidades.

Para se ter uma ideia, em 2019, o total de empreendedores iniciais (com negócios de até 3,5 anos) passou de 32,2 milhões para 32,6 milhões em 2020. Contudo, o crescente desemprego gerou um aumento de empreendedores cujo objetivo maior era necessidade – salto de 37,5% para 50,4%. Os dados são da Global Entrepreneurship Monitor 2020, que no Brasil foi feito pelo Sebrae com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBPQ).

“Porém, se o negócio é bem estruturado, acaba que esse empreendedorismo deixa de ser por necessidade e passa a ser o empreendedorismo normal e comum, no qual o empreendedor buscará fazer com que o seu negócio cresça. E a partir daí ele deixa de ver apenas uma necessidade e se transforma em uma oportunidade”, comenta o Prof. Me. Marcelo Paulo de Arruda, de Ciências Contábeis do Unipê.

Como tornar meu negócio estável?

Independente de ser uma pessoa que já empreendia ou começou por sobrevivência, diz Marcelo, a mentalidade deve ser uma só: tornar o negócio mais estável. Para isso, as práticas do empreendedor devem estar atreladas à gestão do seu negócio para o crescimento. Dessa forma, o especialista explica que o que era por necessidade pode se tornar a principal fonte de renda.

“Os passos principais para um empreendedorismo, principalmente em meio à crise, é ter um diferencial, porque muitas pessoas foram para o empreendedorismo por uma questão de necessidade. Então muitos mercados estão saturados de negócios que não trazem soluções nem diferenciais quando comparados com outros”, diz. A ideia é propiciar aos consumidores soluções aos seus problemas.

“Aliado a isso tem que ter técnicas de gestão, saber administrar o negócio, ter um fluxo de caixa, controlar bem o capital de giro da empresa”, comenta Marcelo. E há muitas ferramentas gratuitas on-line podem ajudar nessa gestão. Assim, o empreendedor terá uma visão global dos números e visar o crescimento do negócio no mercado.

Marcelo discorre que quem quer empreender em cidades menores tem uma grande oportunidade: muitas vezes, o negócio pode não ser tão explorado como nas capitais. “Pode e deve ser uma forma com que as pessoas possam se sobressair quanto a questão financeira. E um ponto muito importante é que utilizem de técnicas relacionadas ao marketing digital para divulgar o seu negócio”, conta.

Para ele, utilizar o marketing digital enquanto estratégia pode guinar o negócio local para as esferas regional e nacional. “Então estudar marketing digital e técnicas relacionadas à publicidade é de extrema importância para que esses negócios cada vez mais ganhem mercado e que, inclusive, concorram com empreendedores que estão situados nas capitais”, finaliza.

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