Sidonie Gabrielle Colette foi uma das mais famosas escritoras francesas da história. Nem sempre foi assim. Seus quatro primeiros livros — de 1900 a 1903 — foram publicados como se o autor fosse seu então marido, Henry Gauthier-Villars, o Willy. Esta história está no filme Colette, que estreia hoje em JP e no qual Keira Knightley interpreta a escritora.
O casamento acabou quando Colette quis se tornar conhecida por seu trabalho. Ela trabalhou como atriz e causou um escândalo por um beijo em Mathilde de Morny no palco. Isso atrapalhou o romance verdadeiro das duas, elas mantiveram o relacionamento discretamente por alguns anos.
Ela voltou a chamar a atenção na literayura com Chéri (1920; ela tinha então 47 anos), adaptado em 2009 para o cinema com Michelle Pfeiffer. Em 1944, aos 71 anos, veio sua obra mais famosa: Gigi, que revelou nos palcos Audrey Hepburn e virou nos cinemas um musical vencedor de nove Oscars em 1958, quatro anos após sua morte.
Colette foi indicada ao Nobel de literatura em 1948 e foi sepultada com honras pelo governo francês no cemitério de Pére-Lachaise, sendo a primeira mulher escritora francesa a receber esse reconhecimento.
Sua história, que é representativa da opressão contra as mulheresm que ela sofreu na vida e sobre o que escreveu em suas obras, serve de motor ao filme de Wash Westmoreland, diretor de Para Sempre Alice (2014), que dirige o filme e o escreveu junto com Richard Glatzer (rtambém de Para Sempre Alice) e Rebecca Lenkiewicz (do polonês Ida, 2013). É um retrato da importância da transgressão na história humana.
‘Homem-Aranha no Aranhaverso’
Como antecipado ontem pelo Caderno 2, a animação reúne Aranhas de realidades diferentes. Raridade: há sessões legendadas. Estreia em João Pessoa.
‘Máquinas Mortais’
Baseado no livro de Philip Reeve, a trama se passa em um futuro apocalíptico onde cidades andam sobre rodas. Peter Jackson é co-roteirista e produtor. Estreia em João Pessoa.
*Texto de Renato Félix, do Jornal Correio