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Confronto quente

Nenhuma campanha na Paraíba é morna. De denúncias de improbidade a boatos envolvendo familiares, temos registrado de tudo. Parece até que todos os nossos políticos são discípulos do ex-presidente americano Richard Nixon, que proclamou: “vencer na política não é tudo: é a única coisa”. E os sinais mostram que esse será o tom neste 2014.

Ao demitir os auxiliares comissionados, cortar o telefone e mandar recolher o carro que servia ao vice-governador Rômulo Gouveia, imediatamente após o seu rompimento e adesão a Cássio Cunha Lima, o governador Ricardo Coutinho pode ter ‘lavado a alma’ pelo que considerou um ato de traição, mas ao mesmo tempo deu nova força ao velho discurso da oposição sobre seu estilo de governar.

Se antes do episódio Cássio já justificava sua candidatura como uma necessidade de quem é líder de estar disponível para defender os “mais humildes” das “perseguições de um governo insensível”, depois das demissões passou a afirmar que a Paraíba está a beira de uma crise institucional. Até transformou em seu “primeiro propósito”, se eleito, “fazer as pazes do Estado com a sociedade”.

Esse discurso agora será respaldado também pela liminar concedida pelo juiz Miguel de Britto Lyra Filho, que suspendeu os atos de exoneração no gabinete do vice-governador. Cabe recurso e Ricardo Coutinho pode até ganhar a queda de braço, mas sempre será uma ‘vitória de Pirro”, quando os danos são grandes demais.

No contraponto, Ricardo enfrentará o modo de governar tucano, que seria de muitos abraços e beijos mas de poucos resultados práticos para a população, embora aprovado por políticos que sobrevivem fazendo ‘favores’. Por isso propõe comparação de resultados. Quer mostrar que vale mais inaugurar um hospital que atenda um paciente, do que fazer um afago que não tratará sua doença.

Ricardo está ‘armado’ para mostrar tanto as suas ‘obras’, como para comparar ‘atitudes’, como quer Cássio. No mesmo espírito, vai mostrar que enquanto o tucano suspendeu todas as obras do antecessor por decreto, ele deu prosseguimento a todas, por valorizar mais o dinheiro dos contribuintes do que paternidade delas.

Teremos o confronto de dois políticos de uma mesma geração mas de estilos distintos, que falam bem e conhecem as fraquezas do adversário.

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