O líder religioso da minoria drusa da Síria denunciou, nesta quinta-feira (1º), uma “campanha genocida” contra sua comunidade e criticou o presidente Ahmed al-Sharaa após confrontos deixarem mais de 100 mortos em dois dias, de acordo com uma ONG.
A acusação mostra o nível de instabilidade que se mantém no país, sob novo governo desde a queda de Bashar al-Assad, em dezembro do ano passado. Na época, a comunidade internacional viu com bons olhos a deposição do líder, responsável por começar uma sangrenta guerra civil que já dura mais de 14 anos, mas também desconfiou de Sharaa, um ex-jihadista que chegou a ter ligações com a Al Qaeda.
Os combates desta semana teriam começado na noite de segunda-feira (28) com um ataque de grupos armados pró-governo em Jaramana, no sul do país. A motivação do ataque teria sido a divulgação nas redes sociais de uma mensagem de áudio atribuída a um druso, considerada uma blasfêmia contra o profeta Maomé.
Na terça (29) e na quarta (30), o conflito teria chegado aos arredores de Damasco, onde 30 membros das forças de segurança e combatentes aliados foram mortos, assim como 21 combatentes da minoria drusa e 10 civis, de acordo com o OSDH (Observatório Sírio para os Direitos Humanos), uma ONG sediada no Reino Unido.
Uma fonte do Ministério do Interior da Síria disse que os ataques de Israel foram feitos com drones e tiveram como alvo forças de segurança do governo. A ofensiva matou um de seus membros, na cidade predominantemente drusa de Sahnaya, nos arredores de Damasco.
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