Com as atividades paralisadas por causa da pandemia do novo coronavírus, a Usina Energisa tem compartilhado dicas culturais paraibanas que estão disponíveis facilmente na internet. Grande celeiro cultural, a Paraíba tem profissionais talentosos nas mais diversas áreas.
Nesta semana, a Usina Energisa indica conferir o trabalho de autores e dramaturgos, como é o caso do inesquecível Ariano Suassuna, de Lourdes Ramalho e Maria Valeria Rezende. Seus livros, cordéis e filmes fizeram história. Conheça um pouco mais sobre esses artistas.
Famoso pela narrativa da sua peça teatral, “O Auto da Compadecida”, escrita em 1955, e que ganhou projeção no ano 2000, com filme de mesmo título dirigido por Guel Arraes, Ariano Suassuna era um grande defensor da cultura nordestina. Nascido em João Pessoa, em 1927, o dramaturgo, romancista, ensaísta, poeta e professor, foi também idealizador do Movimento Armorial.
Em 1942 passou a morar em Recife e estreou seus dons literários três anos depois com seu primeiro poema “Noturno”, publicado em jornal de grande circulação na capital pernambucana. Com uma trajetória impecável, Ariano faleceu em 2014 e deixou um legado com obras de peso como “A História de amor de Fernando e Isaura” (1956) e “O Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta” (1971).
Escritora, poeta, dramaturga, cordelista e pesquisadora, Lourdes Ramalho nasceu no Rio Grande do Norte, mas tinha uma forte ligação com Campina Grande e dedicou parte de sua obra a temáticas da cidade, onde fixou residência em 1958.
Com sua obra conhecida em todo Brasil e mais de cem textos teatrais, Lourdes teve muito sucesso com as peças “Fogo Fátuo” (1974), “As Velhas” (1975) e “A Feira” (1976).
Assista ao espetáculo teatral “As Velhas”:
Radicada na Paraíba desde 1976, Maria Valéria Rezende fez sua primeira publicação literária em 2001, com “Vasto Mundo”. O livro foi reeditado em 2015 e publicado na França em 2017. Com sua obra voltada para ficção e poesia, teve seu principal romance “O voo da guará vermelha” (2005) publicado na França, em Portugal e na Espanha. Escritora premiada, Valéria também é ativista e participa do Movimento Mulherio das Letras.