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Corpo de Dom José é sepultado na Basílica de Nossa Senhora das Neves, em JP

Foi sepultado, no fim da tarde desta terça-feira (29), o corpo de Dom José Maria Pires, arcebispo emérito da Paraíba, na Catedral Basílica Nossa Senhora das Neves, em João Pessoa. O sepultamento aconteceu logo após a missa de corpo presente, que ficou lotada durante a celebração realizada pelo arcebispo da Paraíba, Dom Delson. Além de familiares e amigos, estavam presentes no local o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, o secretário de Recursos Hídricos da Paraíba, João Azevedo, e autoridades religiosas.

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“Pra mim ele foi uma pessoa muito especial, um arcebispo muito dedicado à pobreza. Eu estou com 62 anos e lembro do meu pai falando dele. Ele vai ficar marcado para sempre na minha memória”, disse Severina Gomes, admiradora de Dom José, que viajou da cidade de Ingá para acompanhar a missa e o sepultamento.

O corpo de Dom José foi enterrado na cripta da pia batismal da Catedral, onde estão os corpos de Dom Marcelo e Dom Epaminondas.

O padre Rui Braga, pároco da Catedral, descreveu Dom José como um homem que “lutou bastante pela igualdade social, pelos direitos de cada ser humano e de um modo bem especial tinha um amor muito grande pela terra”. Ele ainda lembrou a coincidência das datas da morte de Dom José e do martírio de São João Batista.

“Ele morreu no dia do catequista e dia do martírio de São João Batista, que foi o precursor do Messias. Ele morreu num dia santificado. Com certeza ele já goza das alegrias eternas. Tenho certeza que dom José não tem motivo algum para ir para o purgatório, ele irá direto para o céu”, disse.

Velório

Autoridades, religiosos e católicos foram se despedir de Dom José Maria Pires, arcebispo emérito da Paraíba, em seu velório que aconteceu durante toda a manhã desta terça-feira (29). O corpo foi velado na Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves, no Centro de João Pessoa.

Morte

Dom José morreu na noite do último domingo (27), aos 98 anos, vítima de complicações de uma pneumonia. O religioso estava internado em um hospital em Belo Horizonte (MG).

O corpo de Dom José Maria Pires, arcebispo emérito da Paraíba, chegou à Paraíba a 1h55 desta terça-feira (29) vindo de Belo Horizonte (MG). O caixão foi levado para o hangar do governo do Estado, onde o arcebispo metropolitano da Paraíba, Dom Delson, e um grupo de padres e representantes de pastorais da Arquidiocese da Paraíba, esperavam para dar início ao cortejo até a Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves, no Centro de João Pessoa.

A liberação do corpo foi assinada pelo Cônego Egídio de Carvalho Neto. Após uma Benção de Dom Delson, o caixão foi levado até o carro do Corpo de Bombeiros, onde foi colocado no alto do veículo. Às 2h50 o cortejo teve início, com a escolta da Polícia Militar, em direção a BR 230, seguindo pela rodovia até o Viaduto de Oitizeiro, passando por Cruz das Armas, até a Basílica, onde alguns fiéis já esperavam para o velório. Com o caixão posicionado na frente do Presbitério, o arcebispo Dom Delson fez uma oração, e teve início o velório de “Dom Pelé”.

Dom José

O arcebispo emérito da Paraíba nasceu no dia 15 de março de 1919, na cidade de Córregos (MG), filho de Eleutério Augusto Pires e Pedrelina Maria de Jesus. Foi ordenado presbítero no dia 20 de dezembro de 1941, em Diamantina (MG). No dia 25 de maio de 1957 recebeu a nomeação episcopal, e a sagração ocorreu no dia 22 de setembro de 1957, em Diamantina.

Foi formado em Teologia e Filosofia pelo Seminário de Diamantina (MG), cursos que realizou entre 1936 e 1941. Antes de ser Bispo, Dom José foi pároco de Açucena-MG (1943-1946); diretor do Colégio Ibituruna em Governador Valadares-MG (1946-1953); missionário diocesano (1953-1955); e pároco de Curvelo-MG (1956-1957). Atuou como Bispo em Araçuaí-MG (1957-1965), de onde veio para ser arcebispo da Paraíba (1966-1995). Foi também membro da Comissão Central da CNBB e Presidente da Comissão Episcopal Regional-NE2.

Na biografia de Dom José destaca-se a sua atuação na época da Ditadura Militar, quando desenvolveu um trabalho pautado na conjunção da atividade religiosa com a defesa dos direitos humanos, com vistas à mudança social. Prestou apoio nos conflitos pela terra na Paraíba, defendendo camponeses de perseguições. E lutou contra a discriminação e o racismo, incentivando a organização e a luta dos afro-brasileiros.

Dom José tinha como lema episcopal: “Scientiam Salutis” (A ciência da Salvação). Foi o quarto arcebispo da Paraíba. O seu antecessor foi Dom Mário de Miranda Vilas-Boas, que assumiu o cargo em 1959 e renunciou em 21/05/1965. O Mons. Pedro Anísio Bezerra Dantas foi Vigário Capitular da Arquidiocese da Paraíba de 21/05/1965 a 27/03/1966 (período compreendido entre a renúncia de Dom Mário e a posse de Dom José). Dom José Maria Pires ficou à frente da Arquidiocese de 1966 até 29/11/1995. Foi sucedido por Dom Marcelo Pinto Carvalheira.

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