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Cristina Kirchner e Maduro defendem fortalecimento da democracia no Mercosul

Em discursos na sessão plenária da 48ª Cúpula dos Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, em Brasília, os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Argentina, Cristina Kirchner, defenderam nesta sexta-feira (17) o fortalecimento dos regimes democráticos na América do Sul.

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Cristina lembrou os 40 anos da Operação Condor, colaboração entre os regimes ditatoriais da América do Sul nas décadas de 1970 e 1980, e ressaltou que os países devem ficar atentos para evitar o ressurgimento de ditaduras.

“Temos de fortalecer mais do que nunca a democracia. É uma conquista do Mercosul e da Unasul [União de Nações Sul-Americanas] a cláusula democrática, que significa que, caso um governo seja derrubado sem eleições livres e democráticas, perde imediatamente o caráter de Estado-membro das organizações”, informou Cristina.

A presidente argentina destacou que as tentativas de golpe de Estado contra os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e do Equador, Rafael Correa, além de conflitos entre Colômbia e Venezuela, foram resolvidos de forma pacífica no âmbito da Unasul.

De acordo com Nicolás Maduro, o Mercosul é um projeto democrático e inclusivo e há quem ainda não reconheça essa realidade. “Há os que se sentem tentados, dentro ou fora de nossos países, a tratar de forçar a história e a realidade.”

Maduro alertou para a necessidade de reconhecimento à realidade da região. “É preciso que se reconheça que temos um presidente índio [Evo Morales] e que há um movimento bolivariano. Estamos vivos e de pé. Existimos e nada vai nos apagar do mapa, nem campanhas midiáticas, nem políticas”.

Maduro também citou a Operação Condor. “Ela está completando 40 anos e há quem siga pensando como na época do plano. Pensam em sumir conosco, mas não poderão desparecer conosco. Somos uma realidade democrática. Somos um projeto democrático, inclusivo”, acrescentou.

Cristina Kirchner criticou a Organização das Nações Unidas (ONU), que tem “cinco membros permanentes com poder de veto no Conselho de Segurança em que prevalecem posições hegemônicas”.

“Devemos defender o tratamento igualitário dos países, qualquer que seja seu tamanho econômico e poderio militar. É um dos maiores inconvenientes da ONU e do mundo para resolver conflitos. A desigualdade nas relações de força impede a solução de conflitos que arrasam muitos lugares do planeta”, concluiu.

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