Cruz das Armas, Varjão, Oitizeiro e Alto do Mateus são os bairros de João Pessoa com maior risco de infestação do mosquito Aedes, responsável por causar zika, microcefalia, dengue e febre chikungunya. A constatação foi divulgada nesta quinta-feira (2) pela Secretaria de Saúde João Pessoa, por meio do e Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), que indica as áreas com maior risco para presença de focos e reprodução do mosquito no município.
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A pesquisa aconteceu no período de 2 a 6 de janeiro e foi o primeiro de quatro levantamentos realizados anualmente. De acordo com o LIRAa, o Índice de Infestação Predial (IIP) na Capital é de 0,5%, ou seja, a cada 200 imóveis, apenas um apresenta risco de reprodução do mosquito.
Segundo a Secretaria, o resultado indica João Pessoa com baixo risco para a reprodução do mosquito. Durante o estudo foram pesquisadas 29 áreas, dessas apenas os bairros citados acima apresentaram IIP igual ou maior que 1%.
Além de apontar as áreas com maior incidência do Aedes aegypti, a pesquisa identifica quais os tipos de depósitos são predominantes como criadouros do mosquito. De acordo com o gerente de Vigilância Ambiental, Nilton Guedes, nas áreas com maior índice de infestação predominam os depósitos de armazenamento de água para consumo humano.
“Identificamos a presença de tambores, toneis, latas e outros depósitos que armazenam água para o consumo humano. Já nas outras áreas da cidade, apresentaram a predominância de descartáveis. Por isso fazemos um alerta para que, neste período de Carnaval, em que as pessoas estão nas festas de rua, evitem jogar descartáveis em terrenos baldios, pois o vento e as chuvas levam esses materiais para as galerias pluviais, facilitando a proliferação do mosquito”, observou Nilton.
Nilton ressalta que mesmo apresentando baixo risco é preciso que as ações continuem intensas para que o índice permaneça controlado. “Para esse controle mais efetivo é necessário o apoio da população fazendo o descarte adequado de materiais e evitando o acúmulo de água parada”, alertou.
A população também pode ajudar no combate ao Aedes aegypti denunciando possíveis focos do mosquito através dos telefones: 0800-282-7959 e 3214-5718, ou ainda pelo e-mail [email protected].
O Aedes aegytpi prefere o ambiente úmido para colocar seus ovos, que podem sobreviver até 450 dias nesse local. Bastam alguns milímetros de água para eles eclodirem e, em uma semana, transformarem-se em mosquitos adultos. O ciclo de vida do mosquito é de 35 dias, mas o número de pessoas que ele pode infectar é ilimitado.
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