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Cunha chama Manoel Junior, Efraim e Aguinaldo de “covardes” e “hipócritas”

O deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) chamou de “covardes” e “hipócritas” os deputados paraibanos Manoel Júnior (PMDB), Efraim Filho (DEM) e Aguinaldo Ribeiro (PP) que votaram a favor da cassação dele. O ex-presidente da Câmara foi o entrevistado com exclusividade, nesta quarta-feira (21), no Correio Debate, da Rede Correio Sat. A entrevista será reprisada às 18h, no Balanço Geral, na Correio 98,3 FM.

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Ele agradeceu ao deputado Wellington Roberto (PR) e o chamou de “coerente”, por ter sido contrário à cassação. Segundo ele, essas posições servem para que a Paraíba “possa conhecer como se dão [os parlamentares] e avaliar bem as decisões tomadas por eles [parlamentares]”, afirmando que votos mudados na “última hora” teriam relações com o período eleitoral e foram características de deputados “frouxos” e “covardes”.

“Essa é uma diferença fundamental entre aqueles que você quer ou não ter como representantes. Acho que ele [Manoel Junior] vai perder muito por ter adotado essa posição”, afirmou.

Cunha disse na entrevista que não se arrepende de ter dado início ao processo de impeachment de Dilma Rousseff e sabe que passou a carregar uma imagem ruim que teria sido construída também pela mídia. “Tomei a decisão correta. As conseqüências estavam previstas e eu não me recusei. Se eu me arrepender, me arrependo apenas de ter demorado a abri-lo”.

O deputado cassado falou ainda que não tem medo da prisão e negou que fará alguma delação, mas manteve a postura crítica contra o presidente Michel Temer, como vem fazendo desde o dia da cassação. “O governo [Temer] é responsável. Patrocinou uma candidatura para me suceder, alinhada com esse propósito [de cassação].

Eduardo Cunha disse que não atua como aliado ou oposição a nenhum partido político, atualmente, e está escrevendo um livro que vai narrar toda a trajetória do processo de impeachment. “O livro não terá denúncias. Será para relatar o processo de cassação de Dilma Rousseff. Vai ser um best-seller!”.

O ex-presidente da Câmara foi cassado no dia 12 de setembro deste ano, com placar de 450 votos a 10. Dos paraibanos, apenas o deputado federal Hugo Motta (PMDB) não participou da votação.

Desde outubro do ano passado, Cunha respondia a um processo por quebra de decoro parlamentar por ter mentido sobre a titularidade de contas no exterior. Depois da tramitação por quase oito meses, o Conselho de Ética da Câmara aprovou, em junho, a cassação do mandato do peemedebista por 11 votos a nove.

O parlamentar, que nega ser o titular dessas contas e argumenta que é apenas usufrutuário de um trust, tentou recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para reverter o resultado, mas não teve sucesso.

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