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Decisão do governo sobre cloroquina não altera o que ocorre na PB

Apesar da nota do Ministério da Saúde (MS), sugerindo o uso da hidroxicloroquina em pacientes apresentando sintomas leves da Covid-19, o Governo da Paraíba não seguirá as recomendações. De acordo com o secretário executivo da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Daniel Beltrami, o próprio decreto do MS afirma que não há comprovação científica sobre a eficácia da medicação.

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Segundo Beltrami, o protocolo utilizado pela Paraíba não será alterado e apenas aqueles pacientes que estiverem hospitalizados terão acesso, mediante prescrição e acompanhamento médico, aos medicamentos liberados pelo Ministério da Saúde. Ele explicou também que a responsabilidade da prescrição do medicamento é do médico e que o paciente deve assinar um termo de consentimento também.

“Nesse momento não (há mudanças no protocolo da Paraíba). A nota que foi produzida pelo Ministério da Saúde ainda não tem uma assinatura da área técnica responsável. Ela coloca sobre o médico a responsabilidade exclusiva de fazer a prescrição dos medicamentos que lá estão e sobre o paciente também, pois o paciente necessita de assinar um termo de responsabilidade. E nesse termo o paciente assume um risco que o próprio Ministério afirma que não há eficácia comprovada e uma série de efeitos colaterais. A nossa recomendação então é manter o nosso protocolo até que tenhamos qualquer outra comprovação de alguma medicação, que nesse momento não existe”, afirmou o executivo da SES.

Defensor da cloroquina, o próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nas redes sociais que medicamento não tem comprovação científica contra Covid-19.

Outros medicamentos

Outros medicamentos estão sendo atribuídos ao combate do novo coronavírus. É o caso do antiparasitário ivermectina. Porém, de acordo com a SES, não existe comprovação científica para o uso desses remédios. O secretário Daniel Beltrami informou que as drogas não estão sendo utilizadas, nem são recomendadas para o tratamento dos pacientes contaminados.

“Não há ainda nenhuma comprovação científica, seja publicada ou disponível, de que alguma dessas duas drogas, para os sintomáticos leves, diminui o efeito negativo do novo coronavírus. Então, elas não são recomendadas nesses casos”, afirmou.

Protocolo da Paraíba

Ainda conforme a SES, a Paraíba utiliza outros medicamentos, com respaldo científico, para o tratamento dos casos hospitalizados. “Nesse momento, todas as drogas que nós utilizamos, sejam anticoagulantes ou drogas de suporte à manutenção do equilíbrio hemodinâmico dos pacientes são todas para aqueles pacientes que estão hospitalizados. Essas drogas, da forma que estamos utilizando, têm respaldo científico”, disse.

Sobre a hidroxicloroquina, o governador João Azevêdo (Cidadania) afirmou na última terça-feira (19), que a medicação está sendo utilizada em casos determinados pela Secretaria de Saúde, ressaltando que a medicação não tem comprovação científica sobre sua suposta eficácia contra a doença.

Nos casos das cidades onde as prefeituras autorizaram o uso da medicação, a SES informou que a responsabilidade é dos médicos que eventualmente prescreverem o remédio. Entre as cidades paraibanas, a Prefeitura Municipal de Campina Grande já havia decidido na semana passada adotar um novo protocolo que prevê a prescrição da hidroxicloroquina em pacientes com estágio inicial da Covid-19.

Automedicação

Ainda sobre a utilização de remédios no combate do novo coronavírus, o secretário Daniel Beltrami informou que a automedicação pode ser prejudicial à saúde dos pacientes, visto que os mesmos não conhecem os efeitos colaterais das drogas utilizadas.

“A automedicação é um problema. Pois o paciente não conhece o medicamento que está tomando e isso traz riscos, pois não conhece os efeitos colaterais de determinada droga. então, seguimos orientando para que os pacientes que sentirem algum efeito mais sério, procure o seu médico para maiores orientações”, completou o secretário.

Veja o esclarecimento do secretário:

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