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Delações e o pedido de Temer

O governo bem que tentou criar expectativas positivas em torno de um novo pacote de medidas para incentivar o crescimento da economia, e assim reduzir o impacto da primeira delação da Odebrecht tornada pública, a de Cláudio Melo Filho, que comprometeu os Presidentes da República, do Senado e da Câmara, além de ministros e congressistas.

Dois outros fatos atropelaram a estratégia: a nova denúncia do Procurador-Geral da República contra o presidente do Senado, Renan Calheiros – a 1ª pelo envolvimento na Lava Jato e pela qual pede ao STFa declaração da perda do seu mandato de senador – e o depoimento de Marcelo Odebrecht, o dono da empresa que corrompeu políticos de todas as tendências e quadrantes do País.

Após submeter o STF a descrédito por descumprir ordem judicial e não receber punição, garantindo ainda a revisão da decisão que causou a confrontação, Renan está novamente na dependência de um ministro da Corte, no caso,TeoriZavaski, que é o relator das ações da Lava Jato.

Renan e o deputado Anibal Gomes (PMDB-CE) teriam recebido propina de R$ 800 mil da Serveng, na forma de doação oficial ao PMDB, para apoiar permanência de Paulo Roberto Costa em diretoria da Petrobrás, que por sua vez cuidariados interesses da dita empresa. Eles negam, mas o PGR tem o caminho do dinheiro e a delação do ex-diretor.

Se não bastasse, Marcelo Odebrecht começou a série de depoimentos aos procuradores. O que ele prometeu dizer ao propor a delação premiada, está relatando, com todos os detalhes, para as câmeras do MPF. E como era o responsável pelo “atacado” – ou a ponta da pirâmide do poder – elevou a temperatura da crise em Brasília.

A repercussão foi tanta que o presidente Michel Temer, em ação de controle de danos, protocolou na PGR pedido para que dê celeridade as investigações, de modo a permitir um desfecho para o caso. Sustenta que as divulgações de delações ainda não homologadas estão comprometendo o esforço do governo para a retomada do crescimento, causando prejuízos à União e a toda população brasileira.

Foi um gesto e tanto. Por não ter o que recear ou por não ter outra alternativa para frear a crise que pode custar o seu mandato? O tempo dirá, mas Temer apostou alto.

TORPEDO

Outra coisa que não gostei nessa delação do canalha Claudio Melo foi codinome de “Todo Feio”. (rsrsrsrs) Não é bem assim, né? Se fosse escolher um codinome para esse delator, ficaria em dúvida entre Todo Horroroso ou O Mentiroso.

Do ex-deputado Inaldo Leitão (PP), fora da Câmara há 10 anos, sobre a inclusão de seu nome entre os políticos beneficiados pela Odebrecht.

Mesa ideal

Uma chapa que tenha o apoio de Marcos Vinicius (PSDB) e de Durval Ferreira (PP). Esse é o objetivo de Luciano Cartaxo, que elegeu 16 dos 27 vereadores, mas poderá ver a oposição em cargos importantes da Câmara.

Tendência

Cartaxo diz que há desejo pelo entendimento entre seus aliados. “A eleição é no dia 1° de janeiro, então ainda temos um tempo razoável pela frente e acredito muito no esforço da bancada de chegar a um consenso”.

O favorito

Um acordo não deveria ser difícil, uma vez que Durval já está há 10 anos no comando da Câmara. São cinco mandatos consecutivos. Por isso Marcos é favorito, contando com 16 votos declarados, vários da oposição.

No TRE

O procurador da República Marcos Alexandre Queiroga foi designado para a Procuradoria Regional Eleitoral. Vai assumir as ações pendente das últimas eleições, tendo como substituto Sérgio Rodrigo de Castro Pinto.

ZIGUE-ZAGUE

+ Segundo o Sindifisco, as transferências federais para a Paraíba em novembro totalizaram R$ 515 milhões, ou 68,30% a mais do que no mesmo mês de 2015.

+ O acumulado do ano – janeiro a novembro – somou R$ 3,710 bilhões, um crescimento de 5,33% em relação a 2015, quando alcançou R$ 3.521 bilhões.

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