Febre alta, entre 39ºC e 40ºC, e que perdure de dois a sete dias pode ser um sinal suspeito de dengue. O alerta é da infectologista Ana Campanile, coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do Hospital Alberto Urquiza Wanderley (HAUW). A médica lembra ainda que este sintoma vem, geralmente, acompanhado de outras queixas como cefaleia, fraqueza, dores musculares e articulares, dor atrás dos olhos, diarreia, vômito e manchas na pele.
No dia 15 deste mês, a Paraíba confirmou a primeira morte por dengue este ano. O paciente foi um homem de 24 anos, que morava no município de Camalaú, no Cariri. Para o quadro de dengue evoluir para uma situação mais grave, um dos sinais de alerta, segundo a infectologista, é dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico), hipotensão postural ou lipotimia, hepatomegalia (fígado aumentado), sangramento de mucosa, letargia ou irritabilidade. “Se o paciente tiver comorbidades, for de grupo de risco ou tiver condições clínicas especiais, deve procurar atendimento médico imediato”, alertou Ana Campanile.
Ao apresentar sintomas suspeitos para dengue, manter a hidratação é essencial e importante para não agravar o quadro, conforme explica a infectologista. Em caso de sintomas leves, os pacientes podem utilizar paracetamol ou dipirona, mas não devem usar salicilatos ou anti-inflamatórios não esteroides e corticosteroides (anti-inflamatórios em geral).
A orientação da médica é que, em caso de agravamento do quadro, com sangramentos ou surgimento de outros sinais de alarme, o paciente não deve se automedicar, mas sim procurar imediatamente o serviço de urgência.
O Aedes aegypti é o mosquito transmissor dos vírus da dengue, Zika e Chikungunya. As pessoas podem adotar medidas simples, no dia a dia, para combater a proliferação do inseto. Veja como orientações do Ministério da Saúde: