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Depois do Carnaval

Crise econômica, impeachment, Lava Jato e eleições. A relativa calmaria
nesse início de 2016 tem prazo para acabar: dia 10 de fevereiro, a
quarta-feira de cinzas, fim do Carnaval. Depois disso, serão confrontos
no Legislativo, no Judiciário, nas Cortes de Contas e nas ruas – já tem
manifestação nacional marcada para o dia 13 de março, contra a
presidente Dilma Rousseff.

As turbulências não ficarão restritas
a Brasília. Na Paraíba, as atenções estarão divididas entre o Tribunal
de Contas do Estado e a Assembleia Legislativa. O primeiro, porque vai
julgar a prestação de contas do governador Ricardo Coutinho referente a
2014, o ano eleitoral, que já recebeu parecer pela reprovação do
Ministério Público de Contas, que aponta 43 irregularidades praticadas
pelo gestor.

O parecer foi recebido com entusiasmo pela
oposição, por conter informações que reforçam argumentos em ações que
pedem a cassação de Ricardo Coutinho por abuso de poder e uso da máquina
pública.

Se não tivesse a maioria na Assembleia, o problema
seria maior para Ricardo Coutinho. Rejeição é igual a “ficha suja”. Mas
ele tem votos para derrubar qualquer decisão contrária do TCE, a quem
cabe apenas “recomendar” aprovação ou rejeição das contas aos deputados.

Ricardo estaria livre de consequências legais, mas não de prejuízo para
sua imagem. Em caso de rejeição, os adversários poderão alegar que a
decisão política não desqualifica a técnica. Passam a ter discurso com o
carimbo de uma Corte, para massificar já no horário eleitoral deste
ano.

Dependendo do que ocorrer no TCE, o troco terá o aval do
Legislativo. E o caminho mais curto é o esvaziamento da Corte, com a
criação do TCM, cujos recursos já estão autorizados na LDO e LOA.

A partir de abril o debate esquenta mais, pois estaremos a seis meses
das eleições para prefeitos e vereadores. Eleger aliados é questão de
sobrevivência para os que serão candidatos em 2018, principalmente em
colégios eleitorais estratégicos como João Pessoa, Campina Grande, Santa
Rita, Bayeux, Patos, Sousa, Cajazeiras e Guarabira.

Será a
eleição da Lava Jato e da crise econômica. “Ficha limpa” será
pré-requisito até para apoiadores. Tudo aponta para um ano em que o
eleitor, que está pagando a conta da corrupção, vai querer lavar a alma.

Torpedo

”Esse
é o 5° aumento na conta de água do governo Ricardo, que tem se
acostumado a elevar a tarifa acima dainflação. Nos últimos cinco anos
tivemos uma inflação de 35,19%, enquanto a água subiu 64,9%”.

Do deputado Tovar Correia Lima (PSDB), que vê o novo reajuste, de 21,71%, como abusivo e vai acionar o Ministério Público.

CPMF

Se depender do senador Raimundo Lira (PMDB), a CPMF não será aprovada.
Ele diz que nenhum País do mundo adotou algo igual e lembra que o Peru
até tentou, mas o povo foi para a rua e a proposta não vingou.

Sem perdão

O diretor do MP-Procon, Glauberto Bezerra disse que os “aproveitadores”
da escassez de combustível poderão ser punidos por estocagem indevida e
aumento abusivo de preços. Estão sendo investigados.

Perfil

Em entrevista a Fabiano Gomes e Victor Paiva, no Correio Debate, o
prefeito Leto Viana (Cabedelo) disse que é melhor perder a eleição do
que ganhar com vice que não seja amigo, parceiro e com visão de gestão.

Inadiável

O pré-candidato a prefeito Fabiano Galdino (PSOL) acha que Luciano
Cartaxo não conseguirá adiar o debate sucessório, alegando que precisa
governar. Avisa que o eleitor quer discutir os acertos e erros de sua
gestão.

Zigue-Zague

A ex-senadora
Marina Silva quebrou o silêncio e defendeu como melhor solução para o
Brasil a cassação da chapa Dilma-Temer, com nova eleição.

Para
Marina, Dilma e Temer são os responsáveis pela crise, e que a petista
“não tem mais a liderança política no País nem maioria no Congresso”.

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