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Deputado e ministro da Saúde deverão discutir situação de hospitais filantrópicos

O deputado federal Wilson Filho (PTB) vai agendar para esta semana uma audiência com o ministro da Saúde, Marcelo Castro, para debater a crise nos repasses de verbas para os hospitais filantrópicos de João Pessoa. A audiência contará com a presença de representantes das instituições de saúde da Capital.

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O encaminhamento foi anunciado nesta segunda-feira (14) durante uma reunião do deputado com representantes dos hospitais São Vicente de Paulo, Napoleão Laureano, Padre Zé, Flávio Ribeiro Coutinho, além do médico Ítalo Kumamoto que é o presidente da Associação Paraibana dos Hospitais, além de representantes de instituições bancárias.

Durante a reunião, o padre Egídio, um dos responsáveis pelo Hospital Padre Zé, revelou que o atraso nos repasses já chega a 88 dias, ou seja, quase três meses. Para o deputado Wilson Filho, a situação pode ser resolvida imediatamente pela Prefeitura de João Pessoa. “As verbas existem, mas parece que a administração municipal não está preocupada com a população que precisa dos serviços dessas instituições”, disse.

De acordo com Wilson Filho, além do problema do atraso dos repasses uma outra pauta que será discutida com o ministro Marcelo Castro será o baixo orçamento destinado para saúde, bem como a desatualização da tabela do SUS. “Vamos discutir esses dois pontos durante a audiência”, afirmou.

Os hospitais filantrópicos que funcionam em João Pessoa correm sério risco de fechar as portas e parar de atender à população, nos próximos meses. De acordo com os gestores dos hospitais, o Sistema Único de Saúde (SUS), atrasa o repasse de verbas em até 80 dias, e que a tabela de procedimentos do SUS está defasada, o que faz com que o pagamento dos procedimentos executados nas unidades não seja insuficiente para quitar as despesas dos hospitais, que incluem além dos procedimentos, salários de funcionários, insumos e encargos sociais. Para quitar as despesas, os hospitais estão recorrendo a empréstimos bancários e estão ficando endividados.

Com mais de 60 anos de serviços prestados aos paraibanos, o Hospital Padre Zé se viu obrigado a recorrer pela primeira vez a empréstimos bancários para honrar compromissos com a folha de pessoal. Dependente de repasses do Sistema Único de Saúde (SUS), convênios e doações, o hospital contraiu uma dívida de R$ 200 mil no mês passado e não descarta a possibilidade de entrar em colapso. No Hospital Napoleão Laureano, que também é filantrópico, os empréstimos contratados para arcar com o custo fixo da unidade já ultrapassam os R$ 15 milhões.

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