O deputado estadual Frei Anastácio apresentou voto de aplauso, na Assembleia Legislativa ao Jornal Correio da Paraíba e ao padre e historiador Ernando Luiz Teixeira de Carvalho, do Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba, por estudo e matéria publicados no dia 14 deste mês, sobre roubo milionário no império brasileiro.
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A matéria, intitulada: Roubo milionário no Império, assinada pelo jornalista Adelson Barbosa, rememora que os atos de corrupção e de desvios milionários dos cofres públicos brasileiros não são praticas só de hoje, mas, infelizmente, revela uma mácula que secular.
Afirma um dos trechos da matéria: “O período imperial foi marcado por escândalos financeiros desde o momento em que Dom João VI se estabeleceu no Rio de Janeiro, no dia 8 de março de 1808, e bancou todas as mordomias da turma que fugiu com ele da fúria do imperador francês, Napoleão Bonaparte”.
“Trata-se de um estudo que reaviva nossa memória sobre o que vemos hoje. Foram 15 mil portugueses que vieram para o Brasil, bancados pelos cofres públicos. Uma prática promíscua e impune do Governo Imperial que perdurou por mais de 200 anos e que até hoje persiste na nossa cultura política”, disse o deputado.
O deputado disse, no entanto, que a diferença é que no Brasil império não se apurava nada e, muito menos se punia alguém por tais práticas abusivas do poder vigente. “Hoje é bastante diferente porque, além da transparência e da democracia, as instituições funcionam e desenvolvem seus papéis, no combate á corrupção. Independente de quem seja. De lá para cá muito coisa mudou. Isso porque personagens importantes se insurgiram contra a corrupção”, relatou.
Uma dessas figuras públicas, segundo o deputado, que o estudo foi a de José Antônio Pereira Ibiapina, conhecido como padre Ibiapina, então deputado. Foi Padre Ibiapina, que, na época, pediu a imediata destituição do ministro da Fazenda, a quem o responsabilizou pelo desaparecimento do dinheiro dos cofres do Tesouro Nacional.
“Por isso, apresentei este voto de aplauso ao padre Ernando Luiz Teixeira de Carvalho, do Instituto Histórico e Geográfico da Paraíba pelo trabalho realizado e ao jornal Correio da Paraíba pela produção da matéria”, argumentou.
De acordo com o deputado, essa reportagem tanto serve para mostrar essa cultura maldita herdada dos parasitas do império, como serve também de encorajamento para nós políticos. “Essa atitude do padre Ibiapina em fiscalizar a aplicação do dinheiro público, naquela época, é um exemplo para nós nos dias de hoje. Ao trazer esse assunto para este plenário, nós estamos também incentivando outros historiadores e jornalistas a divulgarem mais assuntos, frutos de pesquisa e investigação”, afirmou o deputado.