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Deputados defendem renovação de postura na nova Assembleia

A casa do povo, que também pode ser chamada de Assembleia Legislativa e, aqui na Paraíba de Casa Epitácio Pessoa, está nova. O plenário é moderno, o setor de imprensa digno de receber os profissionais que por ali passam diariamente e com muito mais espaço para o cidadão poder acompanhar de perto o trabalho dos deputados estaduais, que ali estão pelo voto popular, o que faz deles servidores dos paraibanos. Mas não são apenas paredes novas que se esperam nos corredores do Legislativo. A renovação de práticas e discursos também é um sonho alimentado por muitos, inclusive pelos próprios parlamentares.

Submersos na sede popular por uma política onde a corrupção seja substituída por trabalho duro e os debates vazios por apresentação de projetos que verdadeiramente tragam benefícios a todos os cidadãos, os deputados, às vésperas de uma nova eleição, se revelam aptos a essas transformações e também defendem uma renovação urgente no trabalho desenvolvido dentro da Assembleia Legislativa.

Tovar Correia Lima (PSDB), por exemplo, não se isentou da responsabilidade de ser ele um dos parlamentares que precisam mudar de postura e pensar numa política atualizada. “Acredito que agora, a partir dessa nova eleição que vem em outubro, haverá uma ruptura entre a forma de fazer política antiga e a forma mais atualizada. Não só nos discursos e também nas práticas, em tudo. E eu me incluo nesse hall de políticos que precisam fazer ter essa ruptura do modelo antigo, que já funcionou, foi benéfico, mas que precisa ser mudado”, ressaltou.

A também tucana Camila Toscano argumentou que é preciso mudar o foco e sair do palanque político que muitas vezes é formado na Casa. “Precisa mudar o foco, não ficarmos tão ligados na parte política, na questão das eleições. Temos que trazer debates de interesse da nossa Paraíba. A saúde e a segurança, algo que interesse a Paraíba como um todo e não nos restringir apenas a parte  da política. Espero que tenhamos debates para a Paraíba”, comentou.

Jutay Meneses (PRB) defendeu abolir as rivalidades das disputas eleitorais e pensar no que é melhor para o paraibano. “Nós vamos viver um momento de tensão muito maior, se estávamos no período pré-eleitoral ano passado, já estamos praticamente no processo eleitoral. Eu acho que a tensão será maior e meu voto é que tenhamos ideias novas e que possamos trazer para cá o debate que a Paraíba realmente precisa e que os paraibanos necessitam. Espero que esse novo ambiente também traga isso, novo pensamento para esquecermos as rivalidades, as disputas eleitorais deixarmos de fora e aqui trazer o bom debate”, destacou.

Raniery defende coerência

O emedebista Raniery Paulino não se absteve de falar sobre o tema. Porém, para ele a manutenção da coerência é algo importante e que deve ser levado em consideração na política paraibana. “A gente fala muito em renovação, mas eu defendo também a coerência. Quando a gente vai às ruas pedir votos, quando a gente diz firmar parcerias com a sociedade paraibana, é importante que isso seja coerente com a nossa postura aqui, na Assembleia. É lamentável que a gente vê várias pessoas mudando de partido com a facilidade maior do mundo, alienando seus postulados. Tem gente que defende uma coisa e quando chega na Assembleia muda, defende outra. Se você fechar os olhos aí e pensar em alguns políticos da Paraíba, já se misturou com todo mundo, quem era bom, quem era ruim. Eu acho que além de novo fôlego que a gente toma, defendo muito mais a conservação dos ideais”, ponderou.

Renovação macro

Para o deputado Bruno Cunha Lima (PSDB), não é só dentro da Assembleia Legislativa que essa mudança precisa acontecer. Ele crê que deve haver toda uma transformação macro para que, só assim, o cenário político brasileiro, manchado pela corrupção eclodida no país, possa se tornar diferente. E, para Bruno, todo cidadão precisa entender que é por meio da participação ativa de cada um que isso acontecerá.

“Na verdade não só as discussões, a gente precisa de uma renovação macro na política do país e na Assembleia da Paraíba não é diferente. Muito mais que uma renovação de rostos, que essa a gente precisa, mas muito mais renovação de práticas que permita a gente transpassar esse tempo de tanta dificuldade e lamaçal moral na política e na economia. O brasileiro que está indignado, ele não pode se deixar abater, se deixar desacreditar completamente do processo, precisa reagir e entender que não será por outros instrumentos. Não será as forças armadas, não serão intervenções e nem um salvados da pátria. A saída para todo esse problema é a participação ativa do cidadão”, ressaltou.

Sem oligarquias

Estela Bezerra (PSB) também se aprofundou no tema e trouxe para a discussão da renovação das práticas a existência, mesmo em pleno século XXI (21), das oligarquias, sistema onde algumas pequenas famílias políticas concentram o poder. “Na minha compressão a democracia requer mudança. Acredito que para cada posto público você pode ter uma recondução e é necessário que venham novas mentes e gente com vigor de fazer política de maneira diferente. É nisso que eu aposto, é nisso que eu acredito. Eu critico muito as oligarquias, critico muito mandatos históricos que não se renovam. Essa coisa é fundamental e é nisso que eu acredito”, salientou.

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