A participação da seleção brasileira no Mundial de Judô, em Astana, é vista com preocupação pelo Comitê Olímpico do Brasil. Uma das principais esperanças de conquistas para os Jogos Olímpicos de 2016, a modalidade não tem rendido medalhas no Cazaquistão.
Leia mais notícias de Esportes no Portal Correio
A eliminação da campeã olímpica Sarah Menezes na estreia é um fator que comprova o conturbado ciclo olímpico. Desde Londres 2012, a piauiense não conseguiu repetir o mesmo desempenho que a consagrou. Em 2013, ela até levou um bronze no Mundial do Rio de Janeiro. Mas, em 2014, foram dez meses longe do pódio em grandes eventos.
Além disso, o desempenho da principal concorrente dela, Nathalia Brigida, vem chamando a atenção. Em Astana, a novata chegou à semifinal, mas não resistiu à japonesa bicampeã mundial Haruna Asami. Na briga pelo bronze, também perdeu.
No meio pesado feminino, Mayra Aguiar não resistiu à polonesa Daria Pogorzelek, que chegou às semifinais. A campeã mundial de 2014 sofreu um yuko no começo da luta e, ao tentar buscar o resultado, acabou sendo projetada novamente por wazari.
Felipe Kitadai também caiu em Astana. O medalhista de bronze em Londres venceu quatro das suas seis lutas, mas acabou fora do pódio ao sofrer o ippon do japonês Toru Shishime.
A meta da Confederação Brasileira de Judô era ganhar mais de quatro medalhas, mas até esse sábado (29) apenas Victor Penalber (81kg) e Érika Miranda (52kg) haviam conquistado uma medalha de bronze, cada.
“É complicado, porque você vem para uma competição almejando ser campeão e sair de uma derrota e se superar para chegar a uma vitória é complicado. Já tive essa sensação duas vezes: em Chelyabinsk e agora. Espero não ter essa sensação mais. Então, vou trabalhar, me dedicar ainda mais intensamente para 2016”, disse Érika.
A equipe de atletismo do Brasil também está sob desconfiança depois do mau desempenho no Mundial de Pequim. Afinal, se a modalidade sempre deu muitas medalhas ao país, tal situação não tem sido repetida. E não é por falta de investimento nos principais atletas nacionais.
A delegação brasileira está na China com 58 competidores (34 homens e 24 mulheres), mas apenas Fabiana Murer alcançou a prata, no salto com vara.
A decepção do atletismo já havia acontecido nos Jogos Pan-Americanos de Toronto (CAN), no mês passado. A expectativa da CBAt era que os brasileiros faturassem de 15 a 20 medalhas. Foram apenas 13, somente uma de ouro, e de forma imprevisível, com Juliana dos Santos, nos 5.000 metros.