Não é o Barcelona, nem o Milan ou o Chelsea. O maior clube de futebol da história é o Real Madrid. Deva-se isso, entre outros fatos, ao tempo em que Alfredo Di Stéfano jogou lá, influenciando não somente a maneira do time atuar, mas de outros elencos da Europa e da América do Sul. Di Stéfano, argentino naturalizado espanhol, morreu ontem, aos 88 anos.
Para muitos, mundo afora, foi o maior futebolista da História. Mesmo sem ter jogado uma única partida de Copa do Mundo, na eleição da Fifa de melhor jogador do século 20, ficou em quarto lugar, atrás de Pelé, Maradona e Eusébio. Mas, Pelé disse que Di Stéfano foi o maior de todos. Maradona chamou-o de fenômeno. Para César Menotti, “o rei dos reis”. Michel Platini acha impossível entender a história do futebol sem Di Stéfano. Jorge Valdana o considerou como o “maior jogador do maior clube do mundo”.
Por aí vai, aproveitando para comparar com o minguado futebol de Fred, Daniel Alves, Higuain, Pogba, Peralta, Zuñiga, Armero, Cavani, Balotelli, Giroud, Garay, Coentrão, Mirallas e outros de vários países que a Copa nos mostrou desde que o Brasil jogou com a Croácia e enfrenta hoje a Alemanha. A seleção de Felipão entra em campo sem Neymar e Thiago Silva. Não haverá diferença substancial. A Alemanha não se tornará mais favorita por causa dessas ausências.
O fato em destaque é que o clima do jogo de hoje não é de semifinal, mas final. Tanto que não dá para contar a história das Copas do Mundo sem falar de Brasil e Alemanha. Para se ter uma idéia claríssima, 14 das 20 finais do torneio (já contando 2014) tiveram ao menos uma das duas seleções em campo. Somente o Mundial de 1930 não contou com alemães ou brasileiros entre os quatro primeiros.
Brasil e Alemanha são as únicas duas seleções que passaram dos 100 jogos em Copas e que somam juntas 134 vitórias – uma a mais que o acumulado por Itália, Argentina, Inglaterra e Uruguai! Mesmo com toda essa história, se cruzarão apenas pela segunda vez numa Copa. Na primeira, o Brasil ganhou.