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Diretor de Cadeia de Solânea nega que detento teria regalias

O diretor da Cadeia Pública de Solânea, Fernando Diogo Júnior, de onde fugiu na última semana o estelionatário Allan Junior Fernandes, emitiu na tarde desta terça-feira (21), através de suas redes sociais, uma nota oficial sobre o caso.

Segundo ele, Allan não teria regalias, diferente do que foi apontado por uma fonte do Portal Correio. Ele afirmou que o detendo “apenas prestava serviços junto à unidade para fins de remição de pena”.

Já em relação à fuga, o diretor afirmou que não estava na unidade e afirmou que o agente que estava de plantão só comunicou o fato às 5h30, apesar de ter ocorrido por volta das 23h.

“Ao tomar ciência dos acontecimentos, prontamente me desloquei até a unidade, no intuito de tomar todas as medidas cabíveis, mas ocorre que houve um hiato de aproximadamente seis horas do acontecimento até a comunicação. Dito isso, saliento que cada plantão é de responsabilidade de cada agente e que o agente responsável pelo fatídico dia havia sido lotado há pouco mais de duas semanas nesta unidade prisional, não tinha dúvidas sobre o serviço, dominando os procedimentos com maestria, pois já atua no Sistema Penitenciário há cerca de vinte anos, não levantando quaisquer suspeitas até aquele momento”, afirmou em nota.

Ainda sobre as supostas regalias, o diretor afirmou que “o mais importante de esclarecer é que em nenhum momento foi autorizado por mim que o foragido saísse à noite para comprar cigarros, flertar ou esperar alguém em frente à unidade”.

Ainda no texto, ele afirmou que o que ocorreu no plantão é de “inteira responsabilidade do agente plantonista daquele dia”.

“Não se pode generalizar e atribuir culpa a direção e toda uma equipe pela falta de comprometimento, responsabilidade e caráter de um servidor, que segundo análise inicial da Secretaria de Administração Penitenciária, facilitou a fuga, pois as roupas do foragido não estão na unidade, corroborando com os indícios de que já estava tudo planejado, levando consigo todos os seus pertences”, informou.

Confira o restante da nota:

“Por fim, aproveito a oportunidade para esclarecer à sociedade solanense que lamentamos o fato ocorrido, mas que fazemos nosso trabalho dentro de nossas possibilidades e limitações, entretanto, só somos conhecidos quando acontece algo dessa natureza, que também estamos com uma população carcerária em proporções de presídio, justamente pelo aumento da criminalidade em nossa região, onde já contamos 178 presos numa cadeia que comporta no máximo 66 e, apesar de sermos uma equipe reduzida sempre procuramos trabalhar dentro dos padrões, com comprometimento por nosso trabalho, onde o fato foi desencadeado por um agente que havia chegado há apenas duas semanas.

Todas as medidas cabíveis foram tomadas, já comunicamos a quem de direito em relatório e a investigação vai seguir tanto por parte do Sistema Penitenciário quanto pela Polícia Civil”.

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