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Diretor de teatro nega ataque a paraibana e diz que teve contas hackeadas

Confusão começou após advogada pedir informações na rede social do diretor sobre cursos, mas usuário por trás do perfil respondeu com grosserias

O ator e diretor de teatro apontado como autor de ataques a uma advogada paraibana na internet negou que tenha cometido os insultos e disse que teve as contas de redes sociais hackeadas. Em nota ao Portal Correio na noite desta quinta-feira (16), ele pediu desculpas à vítima, aos alunos e colegas de trabalho. Veja abaixo a nota na íntegra.

O artista foi contratado para ministrar cursos livres no Centro Estadual de Arte da Paraíba (Cearte-PB) e ao ser procurado por uma advogada interessada nas aulas, foi apontado por ela como autor de insulto e preconceito.

“Eu estou perguntando onde você estará em breve, mais próximo, no Rio ou em São Paulo. Você não falou em datas certas, é sobre isso que estou falando. Não precisa ser grosseiro”, escreveu a advogada. A resposta do usuário do perfil com o nome do professor veio com insulto e o comentário “só podia ser paraibana mesmo”.

Foto: Reprodução
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Veja abaixo a nota do diretor na íntegra:

Atualmente, há que se ter muito cuidado em usar as redes sociais como base para processos de calúnia e difamação. Cada vez é mais comum perfis serem hackeados e recebermos mensagens de amigos e conhecidos pedindo para desconsiderar publicações supostamente feitas em seu nome. Além disso, as redes também servem para prejudicar pessoas físicas e privadas, criando rixas e dando munição à desafetos. Infelizmente, eu, ator e diretor, fui alvo de uma intriga shakespeariana.

Alguém hackeou meu perfil no instagram e se “divertiu” em usar informações sobre mim que, afinal, são públicas (que sou professor do Cearte, que tenho futuros projetos em SP e Rio, que dei curso na Cal, etc) com o intuito de criar uma confusão e me prejudicar. Sinto muito pela ex/futura aluna que se sentiu ultrajada; sinto pela Direção do Cearte, que sempre confiou no meu trabalho; sinto pelos meus alunos atuais que devem estar perplexos; sinto pelos colegas de trabalho e profissão.

Mas sinto muito por mim mesmo, que fui prejudicado e surpreendido por algum suposto desafeto. Apenas posso seguir adiante, como artista, cearense e nordestino que sou. Portanto, como parte deste contexto, ser contra os paraibanos não faz o menor sentido e só denota que tentaram me prejudicar com motivos torpes”.

O professor em questão é natural de Fortaleza, no Ceará. Formado na cidade do Rio de Janeiro, ele também tem experiência de estudo em instituições de Londres, Inglaterra. 

Por enquanto, a paraibana não pensa em registrar o caso na polícia. “Não quero pensar que posso estragar a vida de alguém. Mas acho que ele [o professor] deve desculpas a mim e ao povo paraibano”, frisa.

Ela entrou em contato com a escola, que lamentou o episódio e destacou que o professor não representa a instituição. “Ele deu um curso livre online pontual no início do ano. Não é professor regular da escola. Sentimos pelo ocorrido, mas ele não representa a instituição. Não é fácil identificar preconceitos e más condutas, até que elas apareçam em atos como este. Obrigada por compartilhar”, disse a Casa das Artes de Laranjeiras (CAL).

A diretora do Centro Estadual de Arte da Paraíba (Cearte-PB), Laura Moreno, informou que a instituição acionou setores competentes para tomar todas as medidas cabíveis no caso.

“O Centro Estadual de Arte vem reafirmar seu compromisso com a valorização da identidade paraibana, com a defesa da diversidade cultural e étnica, com a pluralidade, bem como com o repúdio ao racismo, xenofobia e todo tipo de preconceito e violência de gênero, orientação sexual, classe, cor e origem”, disse, em nota.

“Nesses termos, em virtude da denúncia, informamos que os fatos serão devidamente apurados, cabendo à comissão disciplina, apurar e tomar as medidas cabíveis, respeitado o devido processo legal e garantido o contraditório e ampla defesa”, finalizou.

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