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Diretora de pres?dio passou fim de semana em apartamento de luxo de detenta, diz delegado

Uma denúncia anônima ajudou a Polícia Civil de Campina Grande, na Paraíba, a prender uma organização criminosa envolvida na emissão de atestados falsos para beneficiar detentas dos regimes aberto e semiaberto, conforme revelou o delegado Marcos Paulo Vilella, superintendente da Polícia Civil da cidade, nesta quinta-feira (23). Durante a operação denominada de ‘Remição’ foram presos o advogado Ramon Dantas, a diretora geral (Aline Cristini Cardoso) a adjunta (Sylnara Araújo Galdino) do Presídio Regional Feminino de Campina e seis reeducandas.

Segundo o delegado, ficou comprovado que um dos benefícios da diretora adjunta, pela suposta emissão de ‘atestados fantasmas’, foi passar um fim de semana no apartamento situado no bairro nobre de João Pessoa, e pertencente a uma das detentas. As investigações duraram cerca de quatro meses.

– Sylnara Araújo passou um fim de semana no apartamento da nutricionista Carmem Spá, que foi presa acusada de mandar matar marido, o empresário Cláudio Luiz Perozzo, em 1997. O imóvel fica no bairro de Manaíra, área nobre de João Pessoa. Ela disse que é amiga da detenta e teria passado um fim de semana pela amizade – disse o Marcos Paulo.

O chefe da Polícia Civil de Campina Grande disse que seis detentas estavam sendo beneficiadas com emissão de atestados falsos, que contribuíam para a progressão de pena das reeducandas. “Os documentos falsos eram encaminhados para a Vara de Execuções Penais informando sobre trabalhos desenvolvidos pelas presas para ajudar na progressão da pena, mas os trabalhos não eram realizados”, confirmou Villela.

As diretoras e o advogado foram presos por força de mandados de prisão temporária e ficarão detidos por cinco dias. “A priori, vão ficar presos por cinco dias. Porém, se houver a necessidade, o prazo será estendido e pode ser convertido em prisão temporária”, afirmou o delegado.

Os presos estão na Central de Polícia de Campina Grande, mas deverão ser levados para a sede do 2° Batalhão de Polícia Militar. Participaram da operação 50 policiais civis da Paraíba. A remição consiste no abatimento (redução) da pena pelo trabalho executado pela condenada na razão de um dia de pena por três dias trabalhados.

 

 

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