Um processo investigativo aberto no Instituto de Polícia Científica em Campina Grande (IPC) resultou no afastamento de dois diretores do órgão para que seja apurada a manutenção de um servidor fantasma na instituição.
O afastamento de Márcio Leandro dos Santos, diretor do Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol), e Raquel Azevedo Carneiro da Cunha, chefe do Laboratório Forense (Nulf), foi publicado na edição dessa quarta-feira (30) do Diário Oficial do Estado (DOE), na página pagina 4.
Conforme o processo, o servidor José Alberto Cabral Leitão, perito químico-legal do IPC, se afastou do cargo para realizar viagens ao exterior, acompanhando a esposa, sem comparecer ao emprego, o que evitaria o pagamento de salário.
Porém, o processo atesta que tanto Márcio Leandro quanto Raquel Azevedo atestaram presença falsa de José Alberto no emprego, o que possibilitou o pagamento de salário a ele.
Com isso, os diretores foram afastados das funções em prazo de até 90 dias, prorrogável pelo mesmo período, para que as investigações ocorram sem interferência.
Outro lado
Em nota, o Sindicato dos Peritos Oficiais do Estado da Paraíba (Sindperitos-PB) disse que a responsabilidade pela manutenção do pagamento do perito afastado está sendo apurada, mas destacou que os gestores suspeitos “são competentes e possuem uma extraordinária folha de serviços prestados à Policia Científica paraibana”.
“O sindicato reforça ainda que repudia o pré julgamento e irá assegurar aos seus associados afastados todas as garantias para o exercício da ampla defesa do contraditório, ao mesmo tempo que defende a boa conduta e práticas éticas dos profissionais da perícia criminal”, finaliza o texto.
* Matéria alterada na manhã desta sexta-feira (1º) para inclusão da versão do Sindiperitos-PB.