Campina Grande passará a ter um sistema de integração temporal por bilhetagem eletrônica nos ônibus a partir do dia 10 de janeiro de 2019. A decisão se deu em uma reunião realizada pelo Conselho Municipal de Transportes (COMUTP), na manhã desta quinta-feira (27), na Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP). O valor da tarifa permanece o mesmo.
A reunião iria discutir um possível aumento no valor da passagem, que atualmente está em R$ 3,30. Outras propostas foram pensadas durante o encontro, quando o prefeito da cidade, Romero Rodrigues (PSDB), sugeriu a implantação da integração temporal. O sistema de integração temporal já funciona em João Pessoa desde 2008.
As regras de funcionamento em Campina Grande ainda não foram divulgadas pela STTP, mas, basicamente, a integração temporal consiste em usar o cartão de bilhetagem eletrônica para utilizar dois ônibus de linhas com trajetos diferentes, pagando apenas uma tarifa. Não é necessário ir a nenhum terminal para o procedimento, o que encurta o tempo de viagens.
Ao passar o cartão no validador dentro do ônibus, a segunda tarifa aparece zerada e o acesso na catraca é liberado. Isso deve ocorrer dentro de um intervalo de tempo específico. Em João Pessoa, o usuário pode fazer integração temporal de um ônibus para outro em 30 minutos.
Segundo o representante das empresas de ônibus de Campina Grande, Alberto Nascimento, o usuário pode estar em qualquer ponto e não precisará ir até o Terminal de Integração para seguir ao trajeto final. As pessoas que têm gratuidade nos transportes não serão afetadas, como os deficientes, idosos, policiais militares, agentes dos correios etc.
No dia 8 de janeiro, será apresentado um modelo com a proposta de forma mais elaborada e específica para dar continuidade à ideia. Uma vez que a proposta entre em funcionamento, todos os usuários devem obter o cartão de bilhetagem eletrônica.
A novidade, no entanto, não custará aumento na tarifa atual, ainda que, segundo Alberto, para cobrir o custo das empresas, o valor ideal da passagem deveria ser por volta de R$ 3,80. Conforme o superintende da STTP, Félix Araújo, se o sistema voltasse a ter cobradores, por exemplo, a tarifa passaria de R$ 4,00, por causa de uma decisão judicial que proíbe dupla função dos motoristas.
Campina Grande tem pouco mais de 200 ônibus operando na cidade, em um sistema que registrou em 2018 22 milhões de viagens, 6 milhões a menos que em 2017. De acordo o superintendente, a proposta de integração temporal pretende atrair mais usuários.
Números e dados