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Divisor de águas

Estava claro que o processo que levou à queda de Dilma Rousseff (ainda temporária) e a ascensão de Michel Temer alterariam a correlação das forças políticas na Paraíba. Se Cássio Cunha Lima (PSDB) e José Maranhão (PMDB) sustentavam a bandeira do impeachment, para manter sua posição no pódio da política estadual Ricardo Coutinho tinha que está do outro lado. A polêmica projeta os políticos.

Os “vitoriosos” conquistaram uma fatia de poder que pode fazer a diferença nas eleições municipais. Mais ainda se superarem diferenças do passado e unirem forças. A questão é: após 18 anos do racha que tirou o grupo Cunha Lima do PMDB, marcados por confrontos municipais e estaduais entre tucanos e peemedebistas, é possível?

Na política, os ódios comuns têm unido mais que as amizades. A reeleição de Ricardo Coutinho transformou o PSB numa força política que não pode ser ignorada. Reduziu a influência do PMDB e do PSDB. Se continuar avançando nos municípios, pode condenar esses partidos, que foram coadjuvantes do seu projeto em 2004, 2008, 2010 e 2014, a permanecerem nessa condição. A reação é questão de sobrevivência.

O presidente do PSDB, Ruy Carneiro não descarta aliança com o PMDB em João Pessoa. Como presidente do PMDB, Maranhão faz declarações sobre a existência de uma convergência a nível nacional entre os partidos, deixando claro que pode favorecer entendimento estadual.

Maranhão também sinalizou para saturação na relação do PMDB com o PSB. O partido tem sido tratado menos como parceiro e mais como auxiliar. Ele fez questão de lembrar que Ricardo foi derrotado no 1° turno de 2014 e que só ganhou no 2° turno graças ao apoio do PMDB.

Ao ser indagado se foi procurado para facilitar os interesses do Estado com o governo Temer, respondeu: “Não fui procurado pelo governador e não vou procurá-lo”.

Foi mais longe. Disparou uma reprimenda: “O governador está inteiramente equivocado ao tratar o impeachment como golpe. O processo está regulado pela Constituição. O impeachment não foi resolvido em sua totalidade, estamos na fase de admissibilidade, mas os votos do Senado já mostram o grau de convencimento da classe política em relação aos crimes que foram atribuídos à presidente Dilma”.

A declaração é divisor de águas.

Torpedo

“Estou regozijado, feliz e esperançoso. Não é importante apenas ganhar mais um deputado, mas é muito mais importante acolher um homem de bem, sério, que tem sua atuação política marcada pela seriedade”.

Do senador José Maranhão (PMDB), sobre a filiação do ex-presidente da Assembleia, deputado Ricardo Marcelo, ao PMDB.

Alança

Ricardo Marcelo foi recebido com júbilo porque vai reforçar a bancada do PMDB. Compensa o prejuízo com as desfiliações de Gervásio Maia e Trócolli Júnior. O primeiro foi para o PSB, o segundo filou-se ao PROS.

No balanço

Quem também assinou ficha de filiação ao PMDB foi o suplente de deputado em exercício, Jullys Roberto, da terra das redes, São Bento, que pretende ser fiel ao partido sem deixar de apoiar o governo de Ricardo.

Substituição

Segundo Manoel Júnior, “no momento oportuno” – não arriscou quando – será definida a participação, de modo “equânime”, de partidos e políticos que estão apoiando o governo Temer, nos cargos federais na Paraíba.

Fora do páreo

Hugo Motta, que em fevereiro disputou a liderança do PMDB com Leonardo Picciani, que virou ministro, não vai concorrer novamente ao cargo. A escolha será entre Leonardo Quintão (MG) e Baleia Rossi (SP).

Zigue-Zague

Esgotadas as vagas para a conferência internacional “Investimento, Corrupção e o papel do Estado – um Diálogo Suiço-Brasileiro”, nos dias 27 e 28, no TCE.

Entre os palestrantes, a ministra Cármem Lúcia (STF), o embaixador André Regli (Suiça) e o juiz Sérgio Moro, da Lava Jato, que virou celebridade no mundo.

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