‘Como se ninguém estivesse olhando’ é o título do curta dirigido pela jornalista Gi Ismael e que foi gravado recentemente em João Pessoa. A proposta do documentário valoriza os sentimentos de identidade e desprendimento para mostrar que o ato de dançar em público vence a invisibilidade de muitas pessoas.
“Um dos meus maiores divertimentos é ir para shows e eventos musicais, mas minha timidez me faz curtir de forma um pouco mais contida. E, inevitavelmente, sempre gostei de observar, admirada, aquelas pessoas que não tem inibição alguma de dançar próximas ao palco, de ser a plateia que se destaca e que mostra uma expressão corporal potente. Com este trabalho quis entender como essas pessoas enxergam esse momento de desinibição e como entendem a relação entre a dança e os espaços urbanos”, explica.
O título ‘Como se ninguém estivesse olhando’ foi inspirado na expressão “dance como se ninguém estivesse olhando”, frase usada ao redor do mundo, popularizada pelo educador William Purkey, habitualmente usada para definir momentos de desprendimento e liberdade. Para Gi Ismael, a dança surge como uma expressão que rompe tensões, rotinas e conceitos.
O documentário também propõe enfatizar a imagens de personagens que muita das vezes passam despercebidos na sociedade, mas exercem sua importância no cenário urbano de João Pessoa.
“Unimos quatro personagens. Uma idosa, um carregador de malas, uma MC e uma dançarina profissional e foi belíssimo observar e poder traduzir em imagens os sentimentos de cada um deles com aquele momento, onde a dança liberta, traz vida e emana plenitude”, explica Gi Ismael.
Sinopse:
O curta documental percorre a vida urbana em busca do público “beira de palco” de um show, pessoas que transformam ruas e salões em suas salas de casa. Um registro no qual a entrega ao lazer e à música se juntam à expressão corporal, à diversão, ao desprendimento e ao sentir através das performances de personagens reais completamente imersas em suas desopressões.